Não saia dos trilhos, esteja atento ao areal. A riqueza da ria está debaixo dos seus pés

Ninhos escondidos na areia, aves ameaçadas, sapais e matas marinhas ameaçadas por barcos velozes e hélices. Há muitos cuidados a ter quando se visita a Ria Formosa.

Foto

Ao final da tarde a Praia de Faro está praticamente deserta. O areal estende-se vazio das marcas de visitantes, se exceptuarmos uma tenda com um guarda-sol e vários apetrechos guardados por ninguém. A areia tem os pequenos montículos típicos de ter sido pisada por muitos pés. Mas na larga zona de areal delimitada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), com o aviso de que ali nidificam chilretas (Sternula albifrons), a areia parece ter sido alisada. Aproximamo-nos da fronteira entre a areia lisa e a mil vezes pisoteada pelos veraneantes, impulsionados pelo barulho e o voo das chilretas e dos borrelhos (Charadrius alexandrinus), quando uma das técnicas do ICNF que segue a alguma distância grita: “Cuidado, vejam onde põem os pés”. E logo a seguir percebe-se porquê.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Ao final da tarde a Praia de Faro está praticamente deserta. O areal estende-se vazio das marcas de visitantes, se exceptuarmos uma tenda com um guarda-sol e vários apetrechos guardados por ninguém. A areia tem os pequenos montículos típicos de ter sido pisada por muitos pés. Mas na larga zona de areal delimitada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), com o aviso de que ali nidificam chilretas (Sternula albifrons), a areia parece ter sido alisada. Aproximamo-nos da fronteira entre a areia lisa e a mil vezes pisoteada pelos veraneantes, impulsionados pelo barulho e o voo das chilretas e dos borrelhos (Charadrius alexandrinus), quando uma das técnicas do ICNF que segue a alguma distância grita: “Cuidado, vejam onde põem os pés”. E logo a seguir percebe-se porquê.