Português pediu ajuda ao Governo para regressar de Beirute. Esposa precisa de visto

Fonte do gabinete da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas diz que o português, casado com uma libanesa, pediu que o processo para o seu regresso fosse acelerado. Governo português não tem indicação de que existam cidadãos nacionais entre as vítimas.

Um cidadão português, a morar há um ano no Líbano, pediu ajuda para regressar a Portugal após as explosões que atingiram a capital libanesa, Beirute, na terça-feira, disse à Lusa fonte oficial. De acordo com fonte do gabinete da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, o português, “casado com uma libanesa, pediu que o processo para o seu regresso fosse acelerado, uma vez que a mulher precisa de visto”.

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Um cidadão português, a morar há um ano no Líbano, pediu ajuda para regressar a Portugal após as explosões que atingiram a capital libanesa, Beirute, na terça-feira, disse à Lusa fonte oficial. De acordo com fonte do gabinete da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, o português, “casado com uma libanesa, pediu que o processo para o seu regresso fosse acelerado, uma vez que a mulher precisa de visto”.

A mesma fonte precisou que a fachada do prédio onde vive este português, na capital libanesa, bem como o rés-do-chão e o primeiro andar ficaram destruídos, mas “a sua habitação está intacta”.

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Um armazém de material pirotécnico explodiu esta terça-feira em Beirute, causando pelo menos 100 mortos e mais de 4000 feridos.

O Governo continua ainda sem confirmação de vítimas entre a comunidade portuguesa, estimada em cerca de meia centena de pessoas, acrescentou a fonte, mantendo-se a informação dada por Berta Nunes à Lusa na terça-feira à noite.

Duas fortes explosões sucessivas sacudiram Beirute na terça-feira, causando mais de uma centena de mortos e mais de 4 mil feridos, segundo o último balanço feito pela Cruz Vermelha. As violentas explosões deverão ter tido origem em materiais explosivos confiscados e armazenados há vários anos no porto da capital libanesa.

O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, revelou que cerca de 2750 toneladas de nitrato de amónio estavam armazenadas no depósito do porto de Beirute que explodiu.

Cruz Vermelha Portuguesa pode participar em operações

A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) afirmou que “não está fora de hipótese” a participação portuguesa em Beirute. Em declarações à agência Lusa, o coordenador nacional de Emergência da Cruz Vermelha Portuguesa, Gonçalo Órfão, adiantou que a Cruz Vermelha Portuguesa está integrada no movimento internacional da Cruz Vermelha. “Nós estamos em estreita articulação com a Federação Internacional da Cruz Vermelha, que por sua vez, está em estreita articulação com a Cruz Vermelha do Líbano, que é quem está a dar resposta a nível local no sentido de avaliar as necessidades no terreno”, disse Gonçalo Órfão.

Em Portugal, avançou, pode haver equipas disponíveis “mas o pedido tem de surgir da Cruz Vermelha do Líbano e aí “integradas numa resposta maior”, explicou. Contudo, “não está fora de hipótese a participação portuguesa”, disse Gonçalo Órfão, sublinhando que esta possibilidade está a “ser devidamente enquadrada” e “analisada às mais altas instâncias pela Federação Internacional” da Cruz Vermelha.

O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, apelou na terça-feira aos “países amigos” para ajudarem o país, depois das mortíferas explosões que abalaram o porto da capital, Beirute. “Lanço um apelo urgente a todos os países amigos e aos países irmãos que amam o Líbano a estarem do nosso lado e a ajudarem-nos a curar as nossas feridas profundas”, afirmou o chefe do executivo libanês.