A segunda guerra fria

O confronto EUA-China está ao rubro e a gestão da pandemia acelerou essas tendências.

“Se o mundo livre não mudar a China comunista, a China comunista mudará o mundo livre.” Era o que pensava Kissinger e o que disse Nixon na viagem à China, em 1972, que marcou o início de uma nova era nas relações sino-americanas. Os Estados Unidos substituíram a confrontação pela cooperação e esperavam com isso que a abertura da economia provocasse, a prazo, uma abertura da política. A “cartada chinesa”, como então se chamou, não deu o resultado esperado. A China incorporou a economia de mercado no sistema comunista e gerou uma estranha síntese entre capitalismo de Estado e ditadura digital que se transformou numa espécie de neocomunismo. É essa China neocomunista que emerge como grande potência no século XXI e que disputa, hoje, a liderança mundial aos Estados Unidos.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“Se o mundo livre não mudar a China comunista, a China comunista mudará o mundo livre.” Era o que pensava Kissinger e o que disse Nixon na viagem à China, em 1972, que marcou o início de uma nova era nas relações sino-americanas. Os Estados Unidos substituíram a confrontação pela cooperação e esperavam com isso que a abertura da economia provocasse, a prazo, uma abertura da política. A “cartada chinesa”, como então se chamou, não deu o resultado esperado. A China incorporou a economia de mercado no sistema comunista e gerou uma estranha síntese entre capitalismo de Estado e ditadura digital que se transformou numa espécie de neocomunismo. É essa China neocomunista que emerge como grande potência no século XXI e que disputa, hoje, a liderança mundial aos Estados Unidos.