Não estará na hora de reconhecermos a “viticultura heróica”?

Com mais apoios, o risco de abandono e de degradação das vinhas diminui, e uma vinha abandonada é sempre um pedaço de cultura e de história que se perde.

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Nelson Garrido

A França talvez produza os melhores vinhos do mundo, mas nenhum outro país se compara com a Itália em diversidade de castas, de vinhos e de paisagens vinhateiras (possui mais de 500 denominações de origem). Muitos dos seus vinhedos estão localizados em locais improváveis, desafiando as leis da física, os elementos e a resistência humana. São verdadeiros museus vivos, povoados de viticultores que teimam em respeitar as tradições e as variedades de uvas locais em condições orográficas e climáticas difíceis. Mais do que vinhedos, são bens culturais, pertença da Itália e, alguns, como os da região de Cinque Terre, na Ligúria, por exemplo, também já reconhecidos como Património da Humanidade. Agora, todos esses vinhedos extremos foram oficialmente reconhecidos como “heróicos”.

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A França talvez produza os melhores vinhos do mundo, mas nenhum outro país se compara com a Itália em diversidade de castas, de vinhos e de paisagens vinhateiras (possui mais de 500 denominações de origem). Muitos dos seus vinhedos estão localizados em locais improváveis, desafiando as leis da física, os elementos e a resistência humana. São verdadeiros museus vivos, povoados de viticultores que teimam em respeitar as tradições e as variedades de uvas locais em condições orográficas e climáticas difíceis. Mais do que vinhedos, são bens culturais, pertença da Itália e, alguns, como os da região de Cinque Terre, na Ligúria, por exemplo, também já reconhecidos como Património da Humanidade. Agora, todos esses vinhedos extremos foram oficialmente reconhecidos como “heróicos”.