Escapou ao pior da covid mas sobreviverá o Alentejo à incúria dos turistas portugueses?

Na cidade de Moura, que foi fustigada por vários focos da pandemia, chegam a entrar diariamente mais de 500 pessoas que por vezes se comportam como se a pandemia nunca tivesse existido. Os exemplos sucedem-se Alentejo fora.

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E os alentejanos, continuarão no seu sossego sanitário? miguel manso

No Terreiro dos Valentes, local de grande circulação de pessoas no centro da cidade de Beja, há um pequeno número de lugares de estacionamento que está sempre preenchido. Mesmo assim, José Cardoso Belchior lá encontrou um espaço mas o carro que o acompanhava teve de ir procurar outro mais além. Da viatura saíram mais quatro pessoas com vontade de “comer e beber qualquer coisa”. Num ápice juntaram duas mesas na esplanada para ficarem debaixo de um toldo e assim fugir ao calor “do puro” que é a marca do território alentejano do interior. Máscaras ninguém usava. A esposa de Belchior mostrou a que trazia dentro da mala. Vinham de Almada, para gozar uma semana de férias no Algarve (Carvoeiro). “Ninguém está doente”, garante o marido, despreocupado com as consequências: “O Alentejo tem poucos mortos e um reduzido número de pessoas com o vírus”, justifica-se, enquanto chegavam os seus pais e uma irmã. Oito pessoas à volta de duas mesas. Nenhuma delas desinfectou as mãos no gel que o estabelecimento colocava à sua disposição.

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No Terreiro dos Valentes, local de grande circulação de pessoas no centro da cidade de Beja, há um pequeno número de lugares de estacionamento que está sempre preenchido. Mesmo assim, José Cardoso Belchior lá encontrou um espaço mas o carro que o acompanhava teve de ir procurar outro mais além. Da viatura saíram mais quatro pessoas com vontade de “comer e beber qualquer coisa”. Num ápice juntaram duas mesas na esplanada para ficarem debaixo de um toldo e assim fugir ao calor “do puro” que é a marca do território alentejano do interior. Máscaras ninguém usava. A esposa de Belchior mostrou a que trazia dentro da mala. Vinham de Almada, para gozar uma semana de férias no Algarve (Carvoeiro). “Ninguém está doente”, garante o marido, despreocupado com as consequências: “O Alentejo tem poucos mortos e um reduzido número de pessoas com o vírus”, justifica-se, enquanto chegavam os seus pais e uma irmã. Oito pessoas à volta de duas mesas. Nenhuma delas desinfectou as mãos no gel que o estabelecimento colocava à sua disposição.