Um país pouco exigente e viciado em facilidades

Esta ideia de “fazer diferente do habitual”, exactamente porque dá trabalho e desagrada a muita gente, transformou-se no grande tabu da cultura política portuguesa.

Há três versos de Leonard Cohen que não me saem da cabeça há meses: “I’m good at love/ I’m good at hate/ It’s in between I freeze”. A tradução em português soa mal: “Sou bom a amar/ Sou bom a odiar/ É no meio que paraliso”, ou “bloqueio”, ou “congelo”, ou “estanco”, ou “entorpeço” – nada disto funciona, porque se perde a sonoridade do último verso e há sempre sílabas a mais. Mas este texto não é sobre poesia – é sobre Portugal.

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Há três versos de Leonard Cohen que não me saem da cabeça há meses: “I’m good at love/ I’m good at hate/ It’s in between I freeze”. A tradução em português soa mal: “Sou bom a amar/ Sou bom a odiar/ É no meio que paraliso”, ou “bloqueio”, ou “congelo”, ou “estanco”, ou “entorpeço” – nada disto funciona, porque se perde a sonoridade do último verso e há sempre sílabas a mais. Mas este texto não é sobre poesia – é sobre Portugal.