Serenidade crítica

20 anos de apontamentos críticos. A procura de uma escrita que faça justiça ao movimento do cinema.

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Dias Branco: um entendimento humanista do cinema Mariana Castro

“Escrevemos a partir daquilo que somos. Escrevemos aquilo que somos” (p. 14). Estas duas frases no prefácio de Escrita em Movimento — Apontamentos críticos sobre filmes, de Sérgio Dias Branco, Professor de Estudos Fílmicos na Universidade de Coimbra, ajuda-nos a compreender muito da sua escrita e deste projecto. Compila 20 anos de apontamentos críticos que o autor escreveu para diversas publicações (as revistas Premiere e Metropolis ou os jornais Avante! e AbrilAbril) ou em contexto de apresentações públicas de obras. Trata-se de um conjunto de textos breves dedicados cada um a um filme e organizados de forma alfabética. Estamos, portanto, perante um conjunto de textos de cariz assumidamente heterogéneo, e, nalguns casos, excitantemente heterogéneos. Podemos encontrar reflexões acerca do silêncio de Deus latente na obra-prima de Ingmar Bergman, Luz de Inverno (pp. 82 e ss.), como um olhar sobre a “sensibilidade experimental”, ou o “tema da colonização, do olhar do forte sobre o fraco”, problematizado acerca de Transformers 3 de Michael Bay (pp.153 e ss.). Como diria o crítico André Bazin, todos os filmes nascem livres e iguais e este é um dos primeiros méritos de Escrita de Movimento, o não excluir quaisquer géneros, autores ou obras. Dias Branco, apoiando-se na ideia do teórico francês Jean Douchet que vê a crítica como arte de amar, coloca-se na posição do “crítico como amador, aberto à experiência do novo, consciente dos limites do seu conhecimento, disponível para repensar” (p.16).

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“Escrevemos a partir daquilo que somos. Escrevemos aquilo que somos” (p. 14). Estas duas frases no prefácio de Escrita em Movimento — Apontamentos críticos sobre filmes, de Sérgio Dias Branco, Professor de Estudos Fílmicos na Universidade de Coimbra, ajuda-nos a compreender muito da sua escrita e deste projecto. Compila 20 anos de apontamentos críticos que o autor escreveu para diversas publicações (as revistas Premiere e Metropolis ou os jornais Avante! e AbrilAbril) ou em contexto de apresentações públicas de obras. Trata-se de um conjunto de textos breves dedicados cada um a um filme e organizados de forma alfabética. Estamos, portanto, perante um conjunto de textos de cariz assumidamente heterogéneo, e, nalguns casos, excitantemente heterogéneos. Podemos encontrar reflexões acerca do silêncio de Deus latente na obra-prima de Ingmar Bergman, Luz de Inverno (pp. 82 e ss.), como um olhar sobre a “sensibilidade experimental”, ou o “tema da colonização, do olhar do forte sobre o fraco”, problematizado acerca de Transformers 3 de Michael Bay (pp.153 e ss.). Como diria o crítico André Bazin, todos os filmes nascem livres e iguais e este é um dos primeiros méritos de Escrita de Movimento, o não excluir quaisquer géneros, autores ou obras. Dias Branco, apoiando-se na ideia do teórico francês Jean Douchet que vê a crítica como arte de amar, coloca-se na posição do “crítico como amador, aberto à experiência do novo, consciente dos limites do seu conhecimento, disponível para repensar” (p.16).