As cidades inviáveis

Enquanto a especulação turística não retoma o seu curso “normal”, fundado num mercado necessariamente transnacional, experimentemos vaguear pela Lisboa antiga e vê-la como nunca antes a tínhamos visto: exibindo ao mesmo tempo o décor resultante das operações velozes de restauração e reabilitação ocorridas nos últimos anos (“La forme d’une ville change plus vite, hélas!, que le coeur d’um mortel”: quantas vezes nos sentimos tentados a citar Baudelaire?) e os vestígios das camadas sucessivas de velhice, ruína e sujidade, mostrando que toda a cidade histórica é um palimpsesto.

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Enquanto a especulação turística não retoma o seu curso “normal”, fundado num mercado necessariamente transnacional, experimentemos vaguear pela Lisboa antiga e vê-la como nunca antes a tínhamos visto: exibindo ao mesmo tempo o décor resultante das operações velozes de restauração e reabilitação ocorridas nos últimos anos (“La forme d’une ville change plus vite, hélas!, que le coeur d’um mortel”: quantas vezes nos sentimos tentados a citar Baudelaire?) e os vestígios das camadas sucessivas de velhice, ruína e sujidade, mostrando que toda a cidade histórica é um palimpsesto.