José Barrias: “Eu nunca mais serei isto”

Na sequência de doença prolongada, morreu o artista José Barrias, na sua casa de Milão, a cidade onde vivia desde 1968.

Foto
Retrospectiva de José Barrias no Centro de Arte Moderna da Gulbenkian, em 1996 daniel rocha

José Barrias, que segundo fonte familiar morreu este sábado, tinha 75 anos (nasceu em Lisboa a 14 de Junho de 1944) e um percurso biográfico e artístico fortemente marcado por duas culturas: a portuguesa e a italiana. Tendo nascido em Lisboa e estudado na Faculdade de Belas-Artes do Porto, José Barrias foi para Paris, em 1967, para fugir ao serviço militar e à guerra colonial. Mas, ao contrário de muitos dos seus companheiros desse exílio parisiense (Sérgio Godinho foi um deles), só ficou em Paris um ano e meio. Daí foi para Milão, onde permaneceu o resto da vida. Nunca se considerou um “exilado”, mas sim um nómada e um “habitante dos intervalos” que circula entre culturas. Não apenas a portuguesa e a italiana, mas também a grega e a judaica.

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José Barrias, que segundo fonte familiar morreu este sábado, tinha 75 anos (nasceu em Lisboa a 14 de Junho de 1944) e um percurso biográfico e artístico fortemente marcado por duas culturas: a portuguesa e a italiana. Tendo nascido em Lisboa e estudado na Faculdade de Belas-Artes do Porto, José Barrias foi para Paris, em 1967, para fugir ao serviço militar e à guerra colonial. Mas, ao contrário de muitos dos seus companheiros desse exílio parisiense (Sérgio Godinho foi um deles), só ficou em Paris um ano e meio. Daí foi para Milão, onde permaneceu o resto da vida. Nunca se considerou um “exilado”, mas sim um nómada e um “habitante dos intervalos” que circula entre culturas. Não apenas a portuguesa e a italiana, mas também a grega e a judaica.