O “whatever it takes” de Von der Leyen (com uma ajuda de Merkel)

Com o BCE e a Comissão à altura da sua missão de guardiões do euro e da Europa, com o eixo franco-alemão ressuscitado e pronto para fazer o que for preciso para cumprir o seu papel de “motor” da integração europeia, a Europa foi buscar forças à sua razão de ser e à sua história para vencer esta prova de vida.

1. À excepção das forças políticas extremistas e populistas, o novo “Plano Marshall” – podemos bem chamar-lhe assim –, anunciado na quarta-feira pela presidente da Comissão, foi saudado em quase toda a Europa com entusiasmo e com um forte sentimento de alívio. Em dois meses, a União Europeia conseguiu demonstrar que é capaz de encontrar uma resposta comum, solidária, inteligente e suficientemente forte para demonstrar aos cidadãos europeus, aos mercados, aos parceiros internacionais, que não será esta brutal crise pandémica a ditar-lhe o fim. Pelo contrário, talvez tenha encontrado uma alma nova, capaz de fazê-la sair da letargia em que caiu na última década. Falta ainda vencer as derradeiras resistências dos chamados países “frugais”, incluindo os respectivos parlamentos nacionais, que se opõem a transferências directas para os países mais afectados pela crise ou cujas economias dispõem de menos margem de manobra para enfrentá-la. Ainda não viraram a página.

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1. À excepção das forças políticas extremistas e populistas, o novo “Plano Marshall” – podemos bem chamar-lhe assim –, anunciado na quarta-feira pela presidente da Comissão, foi saudado em quase toda a Europa com entusiasmo e com um forte sentimento de alívio. Em dois meses, a União Europeia conseguiu demonstrar que é capaz de encontrar uma resposta comum, solidária, inteligente e suficientemente forte para demonstrar aos cidadãos europeus, aos mercados, aos parceiros internacionais, que não será esta brutal crise pandémica a ditar-lhe o fim. Pelo contrário, talvez tenha encontrado uma alma nova, capaz de fazê-la sair da letargia em que caiu na última década. Falta ainda vencer as derradeiras resistências dos chamados países “frugais”, incluindo os respectivos parlamentos nacionais, que se opõem a transferências directas para os países mais afectados pela crise ou cujas economias dispõem de menos margem de manobra para enfrentá-la. Ainda não viraram a página.