Isabel II assinala fim da II Guerra Mundial com apelo: “Nunca baixar os braços, nunca perder a esperança”

Monarca de 94 anos recordou os sacrifícios do conflito europeu, prestando homenagem aos profissionais de saúde que combatem a covid-19.

Foto
Rainha Isabel II falou à nação esta sexta-feira LUSA/BUCKINGHAM PALACE HANDOUT

A rainha Isabel II apelou à esperança dos britânicos, no discurso com que assinalou esta sexta-feira os 75 anos do fim da II Guerra Mundial, pedindo que jamais baixem os braços.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A rainha Isabel II apelou à esperança dos britânicos, no discurso com que assinalou esta sexta-feira os 75 anos do fim da II Guerra Mundial, pedindo que jamais baixem os braços.

Num discurso à nação transmitido pela televisão, exactamente à mesma hora em que o seu pai, o rei Jorge VI, comunicou o fim do conflito, em 1945 (que prosseguiria até Setembro na frente asiática), a monarca de 94 anos recordou os sacrifícios do conflito europeu, mas também a felicidade que se lhe seguiu.

“A geração que foi à guerra sabia que a melhor forma de homenagear aqueles que não voltaram do conflito era garantir que não voltaria a acontecer”, recordou, a partir do Castelo de Windsor.

Para a monarca, “o maior tributo” aos sacrifícios de quem lutou “é que países que foram inimigos são agora amigos, trabalhando lado a lado por paz, segurança, saúde e prosperidade para todos”.

Isabel II prestou homenagem a quem combate actualmente o novo coronavírus e recordou: “Ao princípio, as perspectivas pareciam sombrias, a saída distante, o resultado incerto. Mas continuámos a acreditar que a causa era justa (...). Nunca baixar os braços, nunca perder a esperança, é essa a mensagem do dia da vitória na Europa”.

Após o discurso, os britânicos juntaram-se, a partir de suas casas, num canto colectivo do hino de guerra We'll Meet Again, de Vera Lynn, que esta sexta-feira se pode aplicar ao afastamento entre familiares e amigos, devido à pandemia de covid-19.

A covid-19 já causou mais de 31 mil mortos no Reino Unido, o segundo país mais afectado pela pandemia, a seguir aos Estados Unidos.