Escolas não vão abrir este mês, nova avaliação será feita em Maio

O primeiro-ministro está a receber nesta quarta-feira, em São Bento, por ordem crescente de representatividade, os partidos com assento parlamentar sobre a reabertura dos estabelecimentos de ensino.

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Escola encerrada em Felgueiras Nelson Garrido

A decisão está tomada. As escolas não vão mesmo abrir durante este mês de Abril, após as férias da Páscoa, e será isso que o primeiro-ministro comunicará ainda nesta quarta-feira, ou na quinta, ao país, apurou o PÚBLICO. António Costa está desde as 10h da manhã a ouvir os partidos com assento parlamentar sobre o assunto.

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A decisão está tomada. As escolas não vão mesmo abrir durante este mês de Abril, após as férias da Páscoa, e será isso que o primeiro-ministro comunicará ainda nesta quarta-feira, ou na quinta, ao país, apurou o PÚBLICO. António Costa está desde as 10h da manhã a ouvir os partidos com assento parlamentar sobre o assunto.

A decisão já tinha ficado de alguma forma clara nas palavras do Presidente da República e de vários dirigentes partidários após a reunião com os epidemiologistas na terça-feira. Marcelo Rebelo de Sousa disse mesmo que "não haverá [aulas em Abril]. É o senhor primeiro-ministro que o dirá no dia 9”, e Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda, afirmou que reabrir escolas em Abril “está fora de questão".

Dessa reunião saíram sinais positivos sobre a situação da evolução da pandemia de covid-19 em Portugal, mas os especialistas entendem que ainda é cedo para determinar de forma segura em que ponto se está.

E sem esta informação segura não é possível estabelecer cenários quanto a datas de reabertura das escolas ou de realização dos exames. Por outro lado, nesta altura não há confiança dos pais para fazerem regressar os seus filhos à escola.

Em Maio será feita uma nova avaliação sobre a abertura das escolas e como concluir o ano escolar. Em entrevista à Rádio Renascença, na sexta-feira, o primeiro-ministro apontou precisamente que 4 de Maio “é a data-limite” para o recomeço das aulas presenciais na perspectiva de que o terceiro período lectivo ainda possa decorrer “com a normalidade possível”.