Guntram Wolff: “Vamos acabar por ter uma mutualização da dívida, à medida que a crise se agrava”

Guntram Wolff, director do think tank europeu Bruegel defende emissão de dívida conjunta de pelo menos um bilião de euros. E diz que é uma questão de tempo até que isto aconteça. Sobre Portugal, diz que é preciso “gastar dinheiro agora”.

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Guntram Wolff, director do grupo de reflexão Bruegel. Miguel Manso

O economista alemão, neste momento a dirigir um dos mais influentes think tank (grupo de reflexão) de Bruxelas, acredita que uma acção conjunta mais decidida da zona euro apenas não aconteceu ainda porque a crise provocada pelo coronavírus não se está a fazer sentir da mesma forma em todos os países. A sua solução passa pela emissão de dívida conjunta a muito longo prazo, com os juros a serem pagos de acordo com o peso que cada economia tem na zona euro. Uma mutualização do risco que permitiria a todos países gastar o que é preciso para evitar uma crise ainda mais profunda. No caso de Portugal, avisa Guntram Wolff, “se não se gastar dinheiro agora, o peso da dívida acabará por ficar muito maior”.

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O economista alemão, neste momento a dirigir um dos mais influentes think tank (grupo de reflexão) de Bruxelas, acredita que uma acção conjunta mais decidida da zona euro apenas não aconteceu ainda porque a crise provocada pelo coronavírus não se está a fazer sentir da mesma forma em todos os países. A sua solução passa pela emissão de dívida conjunta a muito longo prazo, com os juros a serem pagos de acordo com o peso que cada economia tem na zona euro. Uma mutualização do risco que permitiria a todos países gastar o que é preciso para evitar uma crise ainda mais profunda. No caso de Portugal, avisa Guntram Wolff, “se não se gastar dinheiro agora, o peso da dívida acabará por ficar muito maior”.