Coronavírus: grávidas devem ficar em isolamento e pessoas de risco devem usar máscara

As mães, recomenda a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, devem tomar todas as medidas de precaução para evitar qualquer possível transmissão, “como a lavagem das mãos frequente e usando uma máscara facial durante a amamentação”.

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Grávidas só devem deslocar-se aos hospitais quando estritamente necessário, recomendam os médicos internistas Nelson Garrido

As grávidas devem ficar em isolamento profiláctico para se protegerem do novo coronavírus. Esta é uma das recomendações emitidas pela Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI). Referem que ainda pouco se sabe sobre a transmissão vertical (de mãe para filho durante o nascimento), mas os dados indicam que “parece ser reduzida” e aconselham as mães que estão a amamentar a usar máscaras e a desinfectar as mãos antes de alimentar o bebé.

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As grávidas devem ficar em isolamento profiláctico para se protegerem do novo coronavírus. Esta é uma das recomendações emitidas pela Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI). Referem que ainda pouco se sabe sobre a transmissão vertical (de mãe para filho durante o nascimento), mas os dados indicam que “parece ser reduzida” e aconselham as mães que estão a amamentar a usar máscaras e a desinfectar as mãos antes de alimentar o bebé.

Embora os casos de infecção de covid-19 em grávidas não sejam elevados, diz o Núcleo de Estudos de Medicina Obstétrica da SPMI, “devemos assumir que o risco é o mesmo da população geral, pelo que as grávidas devem cumprir as medidas de redução de contágio como o isolamento social e a etiqueta respiratória”.

“Sabe-se que as alterações imunológicas da gravidez podem predispor para infecções respiratórias, aumentando a morbilidade materna”, referem os especialistas. Os mesmos dizem que “não há evidência” de que após o parto a mãe deva ser separada do bebé.

Quanto à amamentação, “não há evidência de que o vírus passe o leite materno”. As mães, afirmam, devem tomar todas as medidas de precaução para evitar qualquer possível transmissão, “como a lavagem das mãos frequente e usando uma máscara facial durante a amamentação”.

As grávidas só devem deslocar-se aos hospitais quando estritamente necessário e os internistas que fazem consultas de medicina obstétrica devem optar pela teleconsulta em vez da consulta presencial. A forma preferencial para contacto directo com o médico deve ser o email e devem ter informação sobre os sinais que a sua doença-base tem – no caso, por exemplo, de terem diabetes ou outras doenças já existentes —, se se está agravar e sobre as razões que possam levá-la a contactar a linha SNS24 (808 24 24 24).

Ressalvando que todas as indicações das autoridades de saúde que venham ser emitidas devem sobrepor-se a estas recomendações, o Núcleo de Estudos de Medicina Obstétrica da SPMI deixa uma lista de conselhos básicos: “Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos; usar um desinfectante para as mãos à base de álcool, como álcool em gel; evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; evitar contacto próximo com pessoas doentes; cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar para um lenço de papel e deitar no lixo; limpar e desinfectar objectos e superfícies tocados com frequência.”

Protecção para quem tem problemas respiratórios

Também a Fundação Portuguesa do Pulmão emitiu recomendações para as pessoas que sofrem de problemas respiratórios. Em comunicado, consideram que o uso de máscara, “a partir de agora”, deve ser feito “por todas as pessoas que tenham susceptibilidade acrescida, sobretudo em contextos de grandes aglomerados (por exemplo, transportes públicos) ou frequência dos serviços de saúde”.

“Assim, os doentes respiratórios crónicos, as pessoas com idade superior a 60 anos e todos aqueles que sofrem de outras doenças crónicas ou tenham diminuição da sua imunidade, nos referidos contextos deverão utilizar essa forma de protecção”, defende a Fundação Portuguesa do Pulmão, que considera que as autoridades devem reforçar a formação.