Kiluanji Kia Henda: “Um memorial às pessoas escravizadas não é um filme de Hollywood”

O artista angolano propõe uma floresta de luto no centro de Lisboa para dar forma ao memorial de homenagem às vítimas da escravatura. Não é preciso que cheire a sangue mas antes construir um lugar de introspecção que ajude a contar os outros lados da história.

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Nuno Ferreira Santos

Na primeira reunião com a Câmara Municipal de Lisboa, depois de sido anunciado como vencedor do concurso para a construção do Memorial de Homenagem às Pessoas Escravizadas a instalar no Campo das Cebolas, o angolano Kiluanji Kia Henda pediu para alterar a cor do pavimento da instalação escultórica. Quer que seja mais escuro, talvez preto, a cor que já tinha pensado para as centenas de hastes que compõem a obra a que deu o título Plantação — Prosperidade e Pesadelo.