No lugar dos marginais

Exercício de estilo, o filme do chinês Diao Yinan é um exemplo interessante do uso de códigos de género para afirmar algo que politicamente terá a sua dose de subversão.

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O chinês Diao Yinan foi o autor de Carvão Negro, Gelo Fino, que há uma meia-dúzia de anos venceu o Urso de Ouro no festival de Berlim. O Lago dos Gansos Selvagens é o seu primeiro filme depois disso, e um objecto bastante diferente, menos contemplativo e silencioso, atributos trocados por um ritmo mais eléctrico, não isento sequer de alguns morceaux de bravoure, e sobretudo pela inscrição numa lógica de género (o policial ou o filme de gangsters) que não fica longe de denotar a inspiração em modelos americanos mais ou menos clássicos, ainda que eventualmente “filtrada” pela apropriação que há longos anos vários cineastas de Hong Kong vêm fazendo desses modelos.

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O chinês Diao Yinan foi o autor de Carvão Negro, Gelo Fino, que há uma meia-dúzia de anos venceu o Urso de Ouro no festival de Berlim. O Lago dos Gansos Selvagens é o seu primeiro filme depois disso, e um objecto bastante diferente, menos contemplativo e silencioso, atributos trocados por um ritmo mais eléctrico, não isento sequer de alguns morceaux de bravoure, e sobretudo pela inscrição numa lógica de género (o policial ou o filme de gangsters) que não fica longe de denotar a inspiração em modelos americanos mais ou menos clássicos, ainda que eventualmente “filtrada” pela apropriação que há longos anos vários cineastas de Hong Kong vêm fazendo desses modelos.