Pedro Rodrigues mantém proposta de referendo e diz que no PSD não há “seguidismo”

Ex-líder da JSD compromete-se a “conversar” com a direcção da bancada.

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Pedro Rodrigues (PSD) Enric Vives-Rubio

O deputado do PSD Pedro Rodrigues mantém a sua proposta de referendo sobre a eutanásia, assegurando que não deixará de “conversar com a direcção da bancada parlamentar” sobre a forma como o projecto de resolução será “formulado”. E rejeita que a questão reflicta um conflito dentro do PSD: “Não há divisão interna tal como não há seguidismo no PSD”.

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O deputado do PSD Pedro Rodrigues mantém a sua proposta de referendo sobre a eutanásia, assegurando que não deixará de “conversar com a direcção da bancada parlamentar” sobre a forma como o projecto de resolução será “formulado”. E rejeita que a questão reflicta um conflito dentro do PSD: “Não há divisão interna tal como não há seguidismo no PSD”.

Assumindo que foi surpreendido pelas declarações do vice-presidente da bancada Adão Silva sobre a sua proposta de referendo, o ex-líder da JSD reitera que a sua posição é “de princípio” e que está no “quadro da aprovação de uma moção no congresso” de há duas semanas. Numa nota enviada esta manhã ao PÚBLICO, o deputado rebate o argumento de Adão Silva de que tem de haver articulação com a bancada e com o partido para se avançar com uma proposta desta natureza, lembrando que a sua intenção de apresentar uma resolução para a convocação de um referendo “não deixará obviamente de ser feita no quadro do grupo parlamentar do PSD”.

Sem referir que houve quatro deputados a demarcarem-se da sua iniciativa (restaram apenas dois dos que foram revelados publicamente), Pedro Rodrigues compromete-se a contactar os seus colegas e a liderança parlamentar: “No que respeita à forma como o projecto de resolução será formulado, conversarei naturalmente com os meus colegas que subscrevem esta posição e não deixarei de conversar com a direcção da bancada”.

Depois de ser conhecida a intenção de Pedro Rodrigues avançar com uma proposta de referendo, Adão Silva assegurou que não será agendada, já que é a direcção da bancada que tem essa competência em “articulação” com a liderança do partido. O ex-líder da JSD refere ver com “espanto” que “muitos se demonstram preocupados com as questões de natureza formal”, mas que esse aspecto “é menos relevante numa matéria destas”.