Deputados do PSD desafiam PS a viabilizar proposta de referendo

Iniciativa do ex-líder da JSD é entregue no início da próxima semana no Parlamento.

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Pedro Rodrigues, ex-líder da JSD, é o primeiro subscritor da proposta de referendo Enric Vives-Rubio

Pedro Rodrigues, ex-líder da JSD e um dos deputados sociais-democratas que vão avançar com uma proposta de referendo sobre a eutanásia, confirmou ao Público que a resolução dará entrada na próxima semana, já depois das votações desta quinta-feira. Os deputados rejeitam que esta iniciativa seja uma “afronta” à liderança de Rui Rio.

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Pedro Rodrigues, ex-líder da JSD e um dos deputados sociais-democratas que vão avançar com uma proposta de referendo sobre a eutanásia, confirmou ao Público que a resolução dará entrada na próxima semana, já depois das votações desta quinta-feira. Os deputados rejeitam que esta iniciativa seja uma “afronta” à liderança de Rui Rio.

Os parlamentares consideram que a eutanásia é uma questão de “consciência individual” e que por isso não podem ser apenas os deputados a tomar uma decisão. Pedro Alves, um dos subscritores da proposta, desafia o PS a assumir as responsabilidades e a viabilizar a iniciativa de referendo para permitir que a sociedade debata o assunto. “Só se houver receio do PS em ouvir os portugueses nesta matéria”, afirmou ao PÚBLICO o deputado e líder da distrital de Viseu, sublinhando que “o tema não está suficientemente debatido seja a respeito do Serviço Nacional de saúde como no testamento vital e ainda como a prestação de cuidados em casa”.

Questionado sobre se esta posição dos deputados do PSD é um acto contra a liderança de Rui Rio, Pedro Alves rejeita que haja qualquer “afronta” e reitera a necessidade de debate na sociedade.

O segundo subscritor é o líder da distrital do Porto, Alberto Machado, e o terceiro é Cristóvão Norte, numa iniciativa à qual já aderiram também o ex-líder da distrital de Lisboa Pedro Pinto, os deputados eleitos pela capital Carlos Silva e Sandra Pereira, e o líder da distrital de Coimbra Paulo Leitão.

Caso a proposta de referendo seja aprovada, o processo legislativo da eutanásia é suspenso no Parlamento.