Leviandade e hipocrisia no referendo à eutanásia

Quando um referendo serve para pôr maiorias a decidir sobre o destino de minorias, trata-se de uma ferramenta perigosa e não faltam exemplos históricos para o provar.

Li com atenção o artigo de Paulo Rangel defendendo a realização de um referendo sobre a eutanásia; vi na imprensa que fizeram declarações no mesmo sentido o ex-presidente Cavaco Silva e o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. Só faltou uma coisa: que nos explicassem verdadeiramente por que querem um referendo sobre a eutanásia. Os argumentos ou são contra a eutanásia (legítimos) ou a favor de mais debate (também). Mas não são argumentos a favor de um referendo.

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Li com atenção o artigo de Paulo Rangel defendendo a realização de um referendo sobre a eutanásia; vi na imprensa que fizeram declarações no mesmo sentido o ex-presidente Cavaco Silva e o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. Só faltou uma coisa: que nos explicassem verdadeiramente por que querem um referendo sobre a eutanásia. Os argumentos ou são contra a eutanásia (legítimos) ou a favor de mais debate (também). Mas não são argumentos a favor de um referendo.