Estratégia do Governo para o património gera indignação

Críticos falam de “mercadorização” e “instrumentalização” do património cultural. Nova equipa da Direcção-Geral do Património Cultural, liderada por um gestor ligado ao imobiliário, entra em funções no dia 24.

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A nova equipa da Direcção-Geral do Património Cultural chegará ao Palácio da Ajuda no próximo dia 24 RUI GAUDÊNCIO

A nomeação de Bernardo Alabaça, um gestor com experiência no imobiliário, tanto ao serviço do Estado como de privados, para liderar a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), anunciada no mesmo dia em que o PCP pediu para ouvir no Parlamento a ministra Graça Fonseca a propósito da cedência a um grupo hoteleiro de obras de uma colecção do Estado que estão hoje à guarda de um museu nacional, está a gerar indignação no sector. Sucedem-se as críticas à instrumentalização do património classificado com objectivos puramente económicos, denunciam-se as pressões do turismo sobre as instituições culturais e condena-se a limitação do acesso dos portugueses a colecções que foram compradas com o seu dinheiro.

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A nomeação de Bernardo Alabaça, um gestor com experiência no imobiliário, tanto ao serviço do Estado como de privados, para liderar a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), anunciada no mesmo dia em que o PCP pediu para ouvir no Parlamento a ministra Graça Fonseca a propósito da cedência a um grupo hoteleiro de obras de uma colecção do Estado que estão hoje à guarda de um museu nacional, está a gerar indignação no sector. Sucedem-se as críticas à instrumentalização do património classificado com objectivos puramente económicos, denunciam-se as pressões do turismo sobre as instituições culturais e condena-se a limitação do acesso dos portugueses a colecções que foram compradas com o seu dinheiro.