Japão: passageiros mais velhos vão poder sair do navio em quarentena

O Governo japonês vai permitir que passageiros mais velhos saiam do navio em quarentena. Essas pessoas podem desembarcar ainda esta terça-feira.

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O Governo do Japão vai permitir que passageiros mais velhos e pessoas que sofrem de doenças crónicas deixem o cruzeiro em quarentena no porto de Yokohoma, Japão, no qual pelo menos 135 pessoas estão infectadas com novo coronavírus. 

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O Governo do Japão vai permitir que passageiros mais velhos e pessoas que sofrem de doenças crónicas deixem o cruzeiro em quarentena no porto de Yokohoma, Japão, no qual pelo menos 135 pessoas estão infectadas com novo coronavírus. 

De acordo com a agência de notícias japonesa Kyodo, essas pessoas podem desembarcar ainda durante esta terça-feira. 

Durante mais de uma semana, o Governo japonês mantém 3600 pessoas a bordo do navio Diamond Princess em quarentena (que deve durar até 19 de Fevereiro), a fim de evitar novas infecções no país.

Cerca de 80% dos 2666 passageiros têm mais de 60 anos de idade, e mais de 200 passageiros têm 80 anos ou mais. 

As pessoas infectadas já foram levadas para centros médicos de Tóquio e de outras localidades próximas, onde estão a receber tratamento.

As autoridades sanitárias continuam a realizar exames médicos aos passageiros e tripulantes do Diamond Princess

A Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu na sexta-feira ao Japão que tomasse todas as medidas necessárias para acompanhar os passageiros do Diamond Princess confinados a bordo, incluindo medidas de apoio psicológico. 

A epidemia provocada pelo coronavírus detectado em Wuhan causou já 1018 mortos, dos quais 1.016 na China continental, onde se contabilizam mais de 42 mil infectados, segundo o balanço divulgado esta terça-feira.

Na segunda-feira, de acordo com os dados anunciados pela Comissão Nacional de Saúde da China, registam-se no território continental chinês 108 mortes e foram detectados 2478 novos casos de infecção, para um total de 42.638, em especial na província de Hubei (centro), onde perto de 60 milhões de pessoas permanecem em quarentena. 

O balanço é superior ao da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China, mas a taxa de mortalidade permanece inferior. 

O novo vírus, que provocou um morto em Hong Kong e outro nas Filipinas, atinge também Macau e mais de duas de dezenas de países, onde os casos de contágio superam os 350. 

Na Europa, contam-se desde segunda-feira 43 infectados, com quatro novos casos detectados no Reino Unido, onde a propagação do vírus foi declarada uma “ameaça séria e iminente para a saúde pública”.

A situação motivou a marcação de uma reunião de urgência de ministros da Saúde dos países da União Europeia para quinta-feira, em Bruxelas, enquanto a OMS enviou uma equipa de especialistas para a China para acompanhar a evolução.