A sustentabilidade deu cartas no tapete vermelho dos Óscares

Antes da cerimónia da entrega de prémios, seguimos o desfile de talentos à porta do Teatro Dolby, em Los Angeles.

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Já não são apenas os discursos que são aproveitados para passar mensagens. Na passadeira vermelha dos Óscares – provavelmente uma das que teve as melhores propostas de sempre –, vingou a sustentabilidade, com cada vez mais actrizes a optarem por soluções vintage.

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Já não são apenas os discursos que são aproveitados para passar mensagens. Na passadeira vermelha dos Óscares – provavelmente uma das que teve as melhores propostas de sempre –, vingou a sustentabilidade, com cada vez mais actrizes a optarem por soluções vintage.

Foi o caso de Kaitlyn Dever que optou por um Louis Vuitton vintage, obedecendo assim à sua decisão de se juntar ao movimento Red Carpet Green Dress (Passadeira Vermelha Vestido Verde), lançado por Suzy Amis Cameron, ex-modelo e actriz, mulher de James Cameron, activista ambiental e autora de Mude de Alimentação, Salve o Planeta (ed. Nascente).

Também Margot Robbie, nomeada para melhor actriz secundária por Bombshell: O Escândalo, optou por se apresentar num Chanel vintage. Outra presença deslumbrante na passadeira vermelha foi Penélope Cruz. A actriz espanhola desfilou num muito elegante Vintage Chanel Haute Couture.

Porém, a sustentabilidade da moda não se ficou por modelos de outras épocas, abrindo caminho nos cortes contemporâneos. Saoirse Ronan, nomeada para melhor actriz por Mulherzinhas, surgiu num lindíssimo Gucci, cuja parte de cima foi confeccionada a partir do tecido do vestido que a actriz levou aos BAFTA, pondo assim em prática a reutilização das matérias-primas.

Uma das mais belas passadeiras

Se há cerimónias em que não faltam figurinos com que se brincar, isso não aconteceu nestes Óscares, que deverão ser provavelmente a edição com mais gente bem vestida.

A começar por Scarlett Johansson. Nomeada em duas categorias – melhores actriz por Marriage Story e actriz secundária por Jojo Rabbit – surgiu num irrepreensível Oscar de la Renta. O vestido, longo e sem alças, destacou-se quer pelo tom metálico quer pelos fios que compunham o corpete.

Entre as candidatas a melhor actriz, aliás, não houve uma única falha: Cynthia Erivo, nomeada por Harriet e ainda por melhor canção original por Stand up, vestiu um deslumbrante Atelier Versace; Charlize Theron (Bombshell: O Escândalo) apareceu num sensual Dior preto; e Renée Zellweger (Judy) num elegante branco Armani Prive.

Outros looks impressionantes foram os de Florence Pugh, nomeada para melhor actriz secundária por Mulherzinhas, com um Louis Vuitton tão cheio de folhos quanto de estilo; da australiana Rebel Wilson (Jojo Rabbit), que conseguiu as atenções num fabuloso Jason Wu; ou de Regina King, Óscar de melhor actriz secundária em 2019, que deslumbrou à chegada num esculpido Versace.

Também Janelle Monáe (Harriet) foi tema de conversa graças ao seu Ralph Lauren, cuja concepção foi abrilhantada por 168 mil cristais Swarovski. E Billie Eilish, que irá actuar na gala dos Óscares, conseguiu as atenções dos fotógrafos, ao casar uma atitude de rebeldia bem-disposta com um look Chanel num tamanho extra-grande. Em destaque, as longuíssimas unhas em negro e os ténis em preto e branco – afinal, o conforto está em primeiro lugar.

Entre os vestidos mais clássicos, destaque para Greta Gerwig, realizadora de Mulherzinhas, num verde Christian Dior.