Pais de escola de Gaia exigem “resposta definitiva” para a falta de funcionários

Falta de funcionários pode levar ao encerramento total da escola a mpartir desta quinta-feira.

Foto
Escolas continuam com falta de funcionários daniel Rocha

 A Associação de Pais da Escola D. Pedro I, em Gaia, exigiu nesta quarta-feira uma “resposta definitiva” para a falta de funcionários que obrigou a reduzir o horário do estabelecimento e ameaça fechá-lo integralmente a partir de quinta-feira.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

 A Associação de Pais da Escola D. Pedro I, em Gaia, exigiu nesta quarta-feira uma “resposta definitiva” para a falta de funcionários que obrigou a reduzir o horário do estabelecimento e ameaça fechá-lo integralmente a partir de quinta-feira.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação de Pais da Escola D. Pedro I, Carlos Gonçalves, contou que “em cima da mesa está a possibilidade de fechar a escola integralmente a partir de amanhã [quinta-feira]”, uma hipótese que está dependente de “desenvolvimentos que venham a acontecer durante o dia de hoje [quarta-feira]”.

“Precisamos de uma resposta clara e definitiva. Precisamos que o problema seja resolvido rapidamente”, disse Carlos Gonçalves.

Em causa está a falta de funcionários que obrigou a direcção da escola a anunciar que nesta quarta-feira esta fecha às 15h00, ou seja, cerca de três horas e meia mais cedo do que o habitual.

Numa comunicação distribuída na terça-feira pela direcção e divulgada pelos directores de turma lê-se que, “por falta de assistentes operacionais, é impossível manter em funcionamento alguns serviços da escola e a vigilância dos recreios, ficando em causa a segurança dos alunos”.

Na sequência deste anúncio, o Ministério da Educação garantiu que “ainda esta semana” vai reunir-se com a direcção daquela escola de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto.

Em resposta escrita enviada à Lusa nesta terça-feira, o gabinete do ministro Tiago Brandão Rodrigues disse que “os serviços do Ministério da Educação deram as respostas ajustadas às situações apresentadas pela direcção da escola” e que, “além dos concursos de contratação de assistentes operacionais, com a consequente bolsa de substituição, atribuiu um reforço de horas”, razão pela qual a reunião servirá para “clarificar os procedimentos adoptados”.

Escola com mil alunos

Na terça-feira à noite, a Associação de Pais da D. Pedro I promoveu uma reunião “urgente”, que contou com cerca de 120 encarregados de educação, tendo sido decidido promover esta manhã uma acção de sensibilização junto à escola e aguardar por respostas da tutela para decidir se o estabelecimento de ensino é fechado integralmente ou não na quinta-feira.

“Foi decidido promover uma acção informativa (...) sobre a decisão de a escola ser encerrada (...) por falta objectiva de condições de segurança. Já depois da reunião recebemos mensagem do delegado regional da Dgeste [Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares], indicando que nesta quarta-feira estará na escola com o director, no sentido de encontrar soluções para manter a escola aberta até colocação de tarefeiras. Deste modo, fica condicionada aos desenvolvimentos decorrentes desta reunião a decisão de encerramento da escola”, lê-se na informação que está a ser distribuída aos pais esta manhã à porta da D. Pedro I.

A escola acolhe cerca de mil alunos do 5.º ao 9.º ano de escolaridade, localizando-se na freguesia de Canidelo. Este equipamento escolar é sede do agrupamento de escolas com o mesmo nome que, no total, soma nove estabelecimentos de ensino.

“A decisão [de fechar a escola às 15h00] foi tomada pela direcção e compreendemos. Atingiu-se um limite e, mais do que o transtorno que é causado aos pais, está em causa a segurança das crianças e a segurança é prioritária”, disse Carlos Gonçalves.

Já de acordo com o presidente da Federação das Associações de Pais do Concelho de Gaia (FEDAPAGAIA), José Cardoso, o número de “funcionários atribuído a esta escola é de 18 mas, em alguns dias estão 11 ao serviço e, em outros, 12, devido a baixas prolongadas”.