Menina Colina: uma sala de música, uma palmeira e um museu que o Porto desconhecia

O que acontece quando quatro alemães se apaixonam pelo Porto? Procuram – e encontram – a casa com que nunca tinham sonhado. A Menina Colina estava escondida da cidade. Até agora, aberta como guesthouse.

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O soalho da luminosa sala de música é feito de tábuas de oito metros sem emendas que acompanham as paredes pintadas onde posam de modo majestático Chopin, Schubert, Schumann, Wagner, Mendelssohn e Verdi. Há três espelhos desmedidos (dois deles debruados a veludo vermelho e laranja) nas paredes planas com truques de perspectiva, molduras sombreadas e rubis com relevo. O restauro superficial dos salões deixa à vista a traça original de um edifício com 150 anos de história, de luxo e de abandono. “A casa já era especial mesmo antes de se transformar em Menina Colina”, diz Guy Lehmann, um dos quatro sócios alemães do espaço, quase um objecto museológico, durante uma visita espontânea em formato open house – em que uma porta entreaberta permitiu à Fugas descobrir um edifício até agora exclusivo, desvelando as suas divisões e penetrando nos seus segredos.