Oliver Laxe: fogo que arde e se vê

É um cineasta do mundo que escolheu a Galiza como seu miradouro. O Que Arde observa a tentativa de reintegração de um homem na sua comunidade, enquanto torna a paisagem numa personagem a parte inteira do filme.

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Oliver Laxe é um cineasta do mundo que escolheu a Galiza como seu miradouro Nuno ferreira santos

Oliver Laxe nasceu em Paris, estudou em Barcelona, viveu em Marrocos — podíamos invocar o estereótipo do cineasta on the road inevitável no século XXI, perante um cinema globalizado e deslocalizado onde os financiamentos podem estar em qualquer lado. Se lhe perguntarmos, contudo, Laxe dir-se-á, acima de tudo, um cineasta galego. Os pais eram galegos, a aldeia dos pais marcou-lhe o crescimento, a Galiza é a sua âncora — bem como a âncora da sua terceira longa, O Que Arde, a história do regresso a casa de um homem condenado por fogo posto, rodado na própria região natal dos pais do cineasta.

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Oliver Laxe nasceu em Paris, estudou em Barcelona, viveu em Marrocos — podíamos invocar o estereótipo do cineasta on the road inevitável no século XXI, perante um cinema globalizado e deslocalizado onde os financiamentos podem estar em qualquer lado. Se lhe perguntarmos, contudo, Laxe dir-se-á, acima de tudo, um cineasta galego. Os pais eram galegos, a aldeia dos pais marcou-lhe o crescimento, a Galiza é a sua âncora — bem como a âncora da sua terceira longa, O Que Arde, a história do regresso a casa de um homem condenado por fogo posto, rodado na própria região natal dos pais do cineasta.