O caso da Líbia explica porque é que a Turquia não tem amigos

A Líbia tornou-se o campo de batalha de uma guerra por procuração em torno do papel do islão na política do Médio Oriente.

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Erdogan e Fayez al-Sarraj em Istambul Gabinete Presidencial da Turquia/REUTERS

É difícil de acreditar agora, mas houve um tempo, há apenas uma década, em que a Turquia descrevia a sua doutrina de política externa como “zero problemas com os [seus] vizinhos”. Mas desde então, Ancara queimou as suas pontes com Israel por causa da flotilha de Gaza; enfureceu o Egipto por ter criticado acidamente o golpe do general Abdel-Fattah al-Sissi e por apoiar a Irmandade Muçulmana; rompeu relações com a Síria por prestar auxílio aos que se revoltaram contra Bashar al-Assad (e, mais recentemente, invadiu o Nordeste do país, para repatriar refugiados à força); e antagonizou a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos (EAU) ao apoiar o Qatar contra o embargo que lhe impuseram.

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É difícil de acreditar agora, mas houve um tempo, há apenas uma década, em que a Turquia descrevia a sua doutrina de política externa como “zero problemas com os [seus] vizinhos”. Mas desde então, Ancara queimou as suas pontes com Israel por causa da flotilha de Gaza; enfureceu o Egipto por ter criticado acidamente o golpe do general Abdel-Fattah al-Sissi e por apoiar a Irmandade Muçulmana; rompeu relações com a Síria por prestar auxílio aos que se revoltaram contra Bashar al-Assad (e, mais recentemente, invadiu o Nordeste do país, para repatriar refugiados à força); e antagonizou a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos (EAU) ao apoiar o Qatar contra o embargo que lhe impuseram.