Harry e Meghan perdem títulos de “alteza real”

O Palácio de Buckingham informou que os duques vão deixar de representar oficialmente a rainha, deixar de receber do Fundo Soberano e devolver o dinheiro dos contribuintes gasto nas obras da Frogmore Cottage.

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O príncipe Harry e Meghan Markle vão perder os seus títulos reais e deixar de receber a soma proveniente de dinheiros públicos para cumprir os seus deveres como membros da família real britânica, deixando também de representar a rainha Isabel II, revelou este sábado o Palácio de Buckingham.

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O príncipe Harry e Meghan Markle vão perder os seus títulos reais e deixar de receber a soma proveniente de dinheiros públicos para cumprir os seus deveres como membros da família real britânica, deixando também de representar a rainha Isabel II, revelou este sábado o Palácio de Buckingham.

Num comunicado em que elogia a solução “construtiva” encontrada para o pedido feito pelo neto e pela mulher, a monarca acrescenta que o casal se predispôs a pagar os 2,4 milhões de libras (2,8 milhões de euros) gastos nas remodelações da Frogmore Cottage, que irá manter-se como a residência da família no Reino Unido. Já sobre o pagamento da segurança de que Harry, Meghan e Archie beneficiam, “o Palácio de Buckingham não comenta”, esclarecendo que “existem processos independentes bem estabelecidos para determinar a necessidade de segurança com financiamento público”.

Além do mais, e apesar de já não poderem participar em quaisquer “deveres reais, incluindo eventos militares”, os duques “manterão os seus patrocínios e as associações particulares [em que estão envolvidos]”.

Sobre o montante proveniente do ducado da Cornualha, que o príncipe Carlos dá a Harry desde que este começou a trabalhar para a avó, nada é mencionado. Mas, ao contrário do que tem sido especulado, é bem possível que esta espécie de mesada, que representa 95% dos rendimentos de Harry, também venha a ser cortada, já que o príncipe deixa de representar a coroa.

Paralelamente, o comunicado deixa no ar que esta questão estaria a ser discutida há algum tempo e que a rainha teria conhecimento das intenções do neto, ao contrário do que tem sido especulado: “Após muitos meses de conversas e de discussões mais recentes, fico satisfeita por termos encontrado em conjunto um caminho construtivo e solidário para o meu neto e a sua família”.

A rainha Isabel II refere ainda que “Harry, Meghan e Archie serão sempre membros muito amados” da família, referindo as razões que os levaram a querer afastarem-se dos deveres reais. “Reconheço os desafios pelos quais passaram, resultantes do escrutínio intenso dos últimos dois anos e apoio o seu desejo por uma vida mais independente.”

As alterações anunciadas hoje têm efeito a partir da Primavera, diz o Palácio.

Este é o início do desfecho da crise real desencadeada quando Harry, de 35 anos, e Meghan, de 38, anunciaram publicamente, há dez dias, que desejavam reduzir as suas funções reais, abdicando dos seus papéis de “altos membros da família real”, de dinheiros públicos, procurando a “independência financeira”. Os duques anunciaram ainda que passariam mais tempo na América do Norte.

Já esta semana, e depois de uma reunião que juntou a monarca, o príncipe Carlos e os filhos deste, William e Harry, Isabel II anunciou que o casal iniciaria um “período de transição”, entre o Reino Unido e o Canadá, durante o qual investirá num estilo de vida mais independente, respeitando a rainha o seu desejo de terem independência financeira. “Embora tivéssemos preferido que continuassem a trabalhar como membros da família real a tempo inteiro, respeitamos e entendemos o desejo de [ambos de] terem uma vida mais independente”, lê-se no comunicado de dia 13.

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