A última sexta-feira 13 do ano é dia de sorte e festa em Montalegre

É uma das “maiores festas de rua do país” e são esperadas milhares de pessoas em Montalegre. O padre Fontes protagoniza o ponto alto da festa quando prepara uma bebida que “esconjura todos os males”.

Fotogaleria

Montalegre espera uma “enchente” para a última sexta-feira 13 do ano, um evento que “impulsiona toda” a actividade económica e “que esgota” a hotelaria e restauração do concelho, disse o presidente da câmara local, Orlando Alves, à Lusa.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Montalegre espera uma “enchente” para a última sexta-feira 13 do ano, um evento que “impulsiona toda” a actividade económica e “que esgota” a hotelaria e restauração do concelho, disse o presidente da câmara local, Orlando Alves, à Lusa.

A sexta-feira 13, ou a “noite das bruxas”, tornou-se numa das “maiores festas de rua do país”, atrai milhares de pessoas e é uma grande “força motora” do desenvolvimento de Montalegre, vila do distrito de Vila Real que é também conhecida com a “capital do misticismo”.

“Acima de tudo, esperamos uma grande enchente, uma grande participação e envolvimento de todos aqueles que se deixam enlear nestas coisas do misticismo e na exaltação da vida”, comentou Orlando Alves.

A “noite das bruxas", que começou a ser celebrada em 2002, tornou-se num dos principais eventos deste município, a par com a Feira do Fumeiro, que se realiza em Janeiro.

“O retorno é visível, é imenso. Nos dias em que a festa propriamente dita tem lugar, Montalegre entope completamente, não tem capacidade para dar guarida a todos os que nos visitam e é por isso que os restaurantes da periferia estão todos lotados, com reflexos notórios também na hotelaria dos concelhos vizinhos de Boticas e Chaves”, salientou o autarca.

Fotogaleria
Paulo Pimenta

Orlando Alves frisou que este “é um acontecimento transversal a todo o território, nomeadamente ao Alto Tâmega” e destacou “o reconhecimento” e apoio concedido pela entidade de Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) .

“Em cada edição, o município investe entre 150 mil euros a 180 mil euros. É um contributo que vem sempre em boa hora, mas, mais importante que o valor monetário, é o reconhecimento de que este é um evento com carisma e é mobilizador”, frisou.

Em Setembro, a TPNP estabeleceu com a Câmara de Montalegre um acordo de cooperação que passa por apoiar com 50 mil euros a realização das duas sexta-feira 13 deste ano.

A festa em Montalegre arranca às 13h13 e o ponto alto continua a ser protagonizado pelo padre António Fontes, a quem cabe fazer a tradicional queimada, uma bebida feita à base de aguardente, limão, maçã, canela e açúcar e que “esconjura todos os males”.

Esta sexta 13 acontece em Dezembro, num território frio, e, segundo Orlando Alves, haverá espaços com fogueiras para quem se quiser aquecer, no entanto, ressalvou que o maior aquecedor “é indiscutivelmente a queimada”.

Em 2020, haverá apenas um sexta-feira 13: será em Março. Mais informações sobre a festa no site da autarquia.