Mais de 300 artistas exigem 1% do Orçamento do Estado para a Cultura

Artistas concentraram-se em frente ao Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, mas também no Porto e em Braga para pedir um reforço do financiamento de uma área considerada “o parente pobre” no Governo.

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Uma imagem partilhada pelo sindicato dos trabalhadores de arqueologia DR

Mais de 300 artistas concentrados em frente ao Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, exigem um valor imediato de 1% do Orçamento do Estado (OE) para a Cultura, em 2020. O protesto, convocado pela Plataforma Cultura em Luta, envolve mais de uma dezena de sindicatos e estruturas que representam artistas, arqueólogos, documentalistas, trabalhadores de museus, entre outros da área da cultura, que vieram exigir um reforço do financiamento de uma área considerada “o parente pobre” no Governo.

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Mais de 300 artistas concentrados em frente ao Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, exigem um valor imediato de 1% do Orçamento do Estado (OE) para a Cultura, em 2020. O protesto, convocado pela Plataforma Cultura em Luta, envolve mais de uma dezena de sindicatos e estruturas que representam artistas, arqueólogos, documentalistas, trabalhadores de museus, entre outros da área da cultura, que vieram exigir um reforço do financiamento de uma área considerada “o parente pobre” no Governo.

Apesar da reivindicação imediata de 1% do OE, é a frase “1% do PIB para Cultura” a mais repetida no largo, escrita num enorme pano em vermelho e branco, mas também em pequenos cartazes que pedem “Outra política para a Cultura” e “Em defesa da Cultura”, ao mesmo tempo que um grupo de artistas toca bombos e caminha pelas ruas laterais, ao teatro lírico, no Chiado, em Lisboa.

Pedro Penilo, da Plataforma Cultura em Luta, disse à agência Lusa que os artistas “estão cada vez mais unidos” no objectivo de reforçar o investimento no sector, e aumentar a consciência dos cidadãos para a importância das artes e da cultura.

Sobre o pedido de demissão da ministra da Cultura, Graça Fonseca, lançado pela Comissão de Profissionais das Artes, Pedro Penilo disse que a plataforma não alinha nessa exigência: “Para nós o essencial é a mudança de política, de acordo com o que está postulado na Constituição”. “Exigimos, sim que sejam encontrados os instrumentos para garantir uma política de cultura democrática, humanista e progressista”, sustentou.

À concentração — que também acontece no Porto e em Bragança  aderiram, entre outros, o Sindicato dos Trabalhadores dos Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos (Cena/STE), o Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia (STARQ), a Performart, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais e o BAD - Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas.