Festival Madeira Dig volta renovado com Frances-Marie Uitti e Keiji Haino

Nomes conhecidos das músicas exploratórias, como Frances-Marie Uitti, Keiji Haino ou Nivhek, são alguns dos destaques do festival Madeira Dig, que este ano se prolongará por mais dias e actividades, com início a 29 de Novembro.

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Frances-Marie Uitti

Depois de ter celebrado em 2018 a 15ª edição consecutiva, a organização do festival Madeira Dig, dedicado às músicas electrónicas mais exploratórias, prepara uma reformulação no formato, estendendo o acontecimento por dois fins-de-semana e passando a incluir actividades complementares aos concertos que acontecem na vila da Calheta, no auditório do Mudas – Museu de Arte Contemporânea da Madeira.

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Depois de ter celebrado em 2018 a 15ª edição consecutiva, a organização do festival Madeira Dig, dedicado às músicas electrónicas mais exploratórias, prepara uma reformulação no formato, estendendo o acontecimento por dois fins-de-semana e passando a incluir actividades complementares aos concertos que acontecem na vila da Calheta, no auditório do Mudas – Museu de Arte Contemporânea da Madeira.

O cartaz alarga-se de um para dois fins-de-semana, de 29 de Novembro a 8 de Dezembro, com os concertos a acontecerem no Mudas de 30 de Novembro a 3 de Dezembro, repetindo-se de 6 a 7 de Dezembro e com o Centro Cultural John dos Passos, na vila da Ponta do Sol, a servir de palco ao novo leque de actividades. O formato dos concertos mantém-se inalterado: dois concertos por noite no Mudas, seguido de sessões na Estalagem da Ponta do Sol. Já nas actividades complementares deste ano, constarão instalações de videoarte, performances ou formações.

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Kali Malone

Do cartaz, como sempre, farão parte uma mistura de nomes consagrados e emergentes. Entre os reconhecidos, destaque para a presença de Frances-Marie Uitti, uma das violoncelistas da música clássica contemporânea de vanguarda mais influentes, ou para o japonês Keiji Haino. O artista interdisciplinar, compositor, conhecido como pioneiro na música experimental americana, activo desde os anos 60, David Rosenboom, é outro dos destaques, o mesmo acontecendo com Liz Harris (Grouper) com o projecto Nivhek, ou a americana Heather Leigh e a sua pedal steel guitar. O escocês Drew McDowall, antigo membro dos Coil e Psychic TV, e a sueca Hanna Hartmann são outros nomes convocados.

Entre os mais recentes, atenções viradas para Maria W Horn, jovem e promissora compositora sueca, ou a americana Kali Malone, que traz a sua música combinada de síntese modular com instrumentação acústica. Os cineastas franceses Vincent Moon e Priscilla Tellomon apresentarão um projecto de investigação poética e cinemática sobre espiritualidade, com música associada a rituais de tribos do Brasil. Em palco, estará também o libanês Rabih Beaini (Morphosis). A dupla britânica GUO, do guitarrista Daniel Blumberg (Hebronix, The Howling Hex) e do saxofonista Seymour Wright, ou a percussionista Katharina Ernst, serão outros nomes a ter em atenção, o mesmo sucedendo com diversos agentes criativos da Madeira.

É o caso do baterista Jorge Maggiore, que se apresenta em dupla com o artista visual Carlos Valente, ou Daniel Bolba, percussionista, residente em Amesterdão, também em colaboração com Diogo Carriço. A coreógrafa e bailarina Margarida Menezes apresentará uma performance, e Carlos Sena Caires uma instalação audiovisual interactiva. Entre o leque de actividades complementares, merece referência a instalação audiovisual do fotógrafo e cineasta Rui Pinheiro, que estará patente no Centro Cultural John dos Passos, na Ponta do Sol, durante os dias do festival.