Ilusão procura realidade

Elmano Sancho e Miguel Loureiro estão — não há outra maneira de o dizer — à beira do sublime, tornando críveis as personagens. Melhor: tornando-se tão veemente nelas na construção da violência da ilusão que esta se torna realidade.

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Tudo é uma ilusão. É chato, desagradável, incómodo, mas é assim. Lulu, por exemplo, criou a sua própria por necessidade de sobrevivência. Com tanta precisão a construiu que faz os homens que por ela caem pensar ver no seu corpo a materialização de uma fantasia sua, criada à maneira do seu desejo, à medida da sua misoginia, nem reparando como são manipulados. Ora, é tudo muito bonito, porém só até certo ponto, pois quando uma dose de transtorno, outra de sadomasoquismo e pedofilia entram no catálogo da libertinagem de mãos dadas com a miséria, o ciúme e o dinheiro… É garantido que a coisa acaba em tragédia. E, vá lá saber-se porquê, fica-se sempre a pensar nas tantas e tantas mulheres maltratadas, quando não mortas pelos amantes todos os dias.

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Tudo é uma ilusão. É chato, desagradável, incómodo, mas é assim. Lulu, por exemplo, criou a sua própria por necessidade de sobrevivência. Com tanta precisão a construiu que faz os homens que por ela caem pensar ver no seu corpo a materialização de uma fantasia sua, criada à maneira do seu desejo, à medida da sua misoginia, nem reparando como são manipulados. Ora, é tudo muito bonito, porém só até certo ponto, pois quando uma dose de transtorno, outra de sadomasoquismo e pedofilia entram no catálogo da libertinagem de mãos dadas com a miséria, o ciúme e o dinheiro… É garantido que a coisa acaba em tragédia. E, vá lá saber-se porquê, fica-se sempre a pensar nas tantas e tantas mulheres maltratadas, quando não mortas pelos amantes todos os dias.