EUA deixam de considerar ilegais os colonatos israelitas na Cisjordânia

Washington anuncia reversão da sua política relativa aos colonatos hebraicos.

Foto
LUSA/ABIR SULTAN

Os Estados Unidos reverteram a sua posição relativamente à legalidade dos colonatos israelitas em território palestiniano. Esta segunda-feira, o chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, anunciou que Washington já não considera a construção de comunidades hebraicas na Cisjordânia como “incompatíveis com a lei internacional”, rompendo assim com o que era a posição legal expressa pelo Departamento de Estado em 1978.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Os Estados Unidos reverteram a sua posição relativamente à legalidade dos colonatos israelitas em território palestiniano. Esta segunda-feira, o chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, anunciou que Washington já não considera a construção de comunidades hebraicas na Cisjordânia como “incompatíveis com a lei internacional”, rompendo assim com o que era a posição legal expressa pelo Departamento de Estado em 1978.

“Depois de estudar atentamente todos os lados do debate legal, os Estados Unidos concluíram que o estabelecimento de colonatos civis israelitas na Cisjordânia não é, em si mesmo, incompatível com a lei internacional”, declarou Pompeu aos jornalistas em Washington.

Fotogaleria

“Declará-los incompatíveis com a lei internacional não funcionou. Não ajudou à promoção da paz”, acrescentou.

Israel já reagiu ao anúncio. Através da rede social Twitter, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que a decisão “corrige um erro histórico” e instou outros países a seguirem o exemplo norte-americano. A Comissão Europeia, no entanto, já veio declarar que não o fará.

O negociador-chefe palestiniano Saeb Erekat, por seu turno, declarou que a decisão norte-americana ameaça “a estabilidade, segurança e paz mundiais”. 

Cerca de 600 mil israelitas vivem em mais de uma centena de colonatos construídos em território palestiniano após 1967. A Autoridade Palestiniana exige a sua remoção, argumentando que estas vilas e cidades israelitas no seu território tornam inviável um futuro estado árabe independente.

Aumentar