A história surpreendente de um PCP desconhecido

Ainda usando pistolas e bombas, 18 militantes refundaram o PCP em 1929. O molde foi o leninismo, trazido para Portugal pelo brasileiro Júlio César Leitão. O passo seguinte foi abandonar os métodos radicais, após a greve geral de 1934. Uma década decisiva para o PCP, em que se destacaram figuras esquecidas pela historiografia oficial.

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Ludgero Pinto Basto foi da cúpula da direcção do PCP, nos anos trinta e, quando preso, não delatou ninguém Pedro Cunha/arquivo

No final de 1939, os membros do comité central do PCP, Ludgero Pinto Basto e Francisco Miguel Duarte, são presos juntos, em Lisboa, pela Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE). Interrogados, “Francisco Miguel não abre a boca e, inicialmente, recusa-se a assinar os autos, porque não concorda com as perguntas”. Ludgero Pinto Basto nega as acusações de ser dirigente do PCP, afirma que apenas conhece Francisco Miguel e perante as perguntas passa a responder: “O meu partido não me autoriza a responder a isso.”

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No final de 1939, os membros do comité central do PCP, Ludgero Pinto Basto e Francisco Miguel Duarte, são presos juntos, em Lisboa, pela Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE). Interrogados, “Francisco Miguel não abre a boca e, inicialmente, recusa-se a assinar os autos, porque não concorda com as perguntas”. Ludgero Pinto Basto nega as acusações de ser dirigente do PCP, afirma que apenas conhece Francisco Miguel e perante as perguntas passa a responder: “O meu partido não me autoriza a responder a isso.”