Tiago Rodrigues encena Saramago na Royal Shakespeare Company

Entre 1 de Agosto e 26 de Setembro de 2020, o autor português apresentará na emblemática Royal Shakespeare Company a peça Blindness and Seeing, baseada nos romances Ensaio sobre a Cegueira e Ensaio sobre a Lucidez. Uma investigação teatral sobre “o mal-estar do presente”.

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Ao reler os dois livros de Saramago já com o espectáculo em mente, Tiago Rodrigues confessa que começou a “ver Shakespeare por todo o lado” miguel manso

O namoro começou há mais de um ano. Na altura, a Royal Shakespeare Company (RSC), sediada em Stratford-upon-Avon (terra natal do bardo inglês), abordou Tiago Rodrigues, dramaturgo, actor, encenador e actual director do Teatro Nacional D. Maria II, para averiguar do seu interesse e da sua disponibilidade para criar um espectáculo para a emblemática companhia inglesa. Havia nesse contacto “a intenção de trabalharem nesta temporada com artistas da Europa continental e, nesse sentido, posicionar também a companhia no sentido da curiosidade, da abertura e da colaboração em relação à Europa”, conta Tiago Rodrigues ao PÚBLICO. “Parece-me, obviamente, que é uma resposta humanista ao problema do ‘Brexit', mas uma resposta também a uma vontade de se questionar a si própria que a companhia tem em relação ao cânone shakespeariano, ao facto de ser sobretudo uma companhia de montagem dos textos de Shakespeare.”

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O namoro começou há mais de um ano. Na altura, a Royal Shakespeare Company (RSC), sediada em Stratford-upon-Avon (terra natal do bardo inglês), abordou Tiago Rodrigues, dramaturgo, actor, encenador e actual director do Teatro Nacional D. Maria II, para averiguar do seu interesse e da sua disponibilidade para criar um espectáculo para a emblemática companhia inglesa. Havia nesse contacto “a intenção de trabalharem nesta temporada com artistas da Europa continental e, nesse sentido, posicionar também a companhia no sentido da curiosidade, da abertura e da colaboração em relação à Europa”, conta Tiago Rodrigues ao PÚBLICO. “Parece-me, obviamente, que é uma resposta humanista ao problema do ‘Brexit', mas uma resposta também a uma vontade de se questionar a si própria que a companhia tem em relação ao cânone shakespeariano, ao facto de ser sobretudo uma companhia de montagem dos textos de Shakespeare.”