Trinta anos de solidão

Pela segunda vez em 30 anos, os europeus estão por sua conta. Ora aí está uma verdadeira razão para celebrar. Estarmos por nossa conta não é uma coisa má.

A queda do Muro de Berlim, cujo 30.º aniversário comemorámos na semana passada, tem em si mais peso simbólico do que real. Em novembro de 1989, quando o Muro caiu, já os cidadãos do leste europeu conseguiam sair do bloco soviético através da fronteira entre a Hungria e a Áustria. Mas nestas coisas não nos deve surpreender a força do simbólico, e foi mesmo quando o Muro caiu que se fez uma prova fundamental: a de que Moscovo não estava disponível para usar a força e esmagar o movimento de democratização dos países sob sua influência, como tinha feito na Hungria em 1956 ou na então Checoslováquia em 1968. Desta vez não haveria derramamento de sangue. E isso mudou tudo.

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A queda do Muro de Berlim, cujo 30.º aniversário comemorámos na semana passada, tem em si mais peso simbólico do que real. Em novembro de 1989, quando o Muro caiu, já os cidadãos do leste europeu conseguiam sair do bloco soviético através da fronteira entre a Hungria e a Áustria. Mas nestas coisas não nos deve surpreender a força do simbólico, e foi mesmo quando o Muro caiu que se fez uma prova fundamental: a de que Moscovo não estava disponível para usar a força e esmagar o movimento de democratização dos países sob sua influência, como tinha feito na Hungria em 1956 ou na então Checoslováquia em 1968. Desta vez não haveria derramamento de sangue. E isso mudou tudo.