Marina Grossi: “A transição energética é irreversível. Não há volta a dar”

A economista brasileira Marina Grossi avisa que é importante atribuir um custo aos impactos gerados pela emissão de gases com efeito de estufa e considera que a transição energética é uma oportunidade para o Brasil.

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Marina Grossi esteve em Lisboa em Outubro Pedro Fazeres

Nos anos 90, Marina Grossi era já economista quando começou a trabalhar no governo brasileiro sobre sustentabilidade e alterações climáticas. “Foi como se pusesse uns óculos e ganhasse um novo olhar. Começa-se a ver o mundo com outra perspectiva porque o seu desenvolvimento tem de estar alinhado com todos os efeitos que podem acontecer [no clima]”, recorda ao PÚBLICO. “Isso mudou muito a minha cabeça.” Já com esse novo olhar conta que teve de estudar “noites e noites a questão climática” e reparou que havia falhas nos modelos de mercado que tinha estudado na universidade: nessas contas não se costumava considerar o risco ambiental nem se atribuía um custo aos impactos dos gases com efeito estufa na atmosfera. “Foi através da mudança climática que vi que essas contas estavam erradas.”

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Nos anos 90, Marina Grossi era já economista quando começou a trabalhar no governo brasileiro sobre sustentabilidade e alterações climáticas. “Foi como se pusesse uns óculos e ganhasse um novo olhar. Começa-se a ver o mundo com outra perspectiva porque o seu desenvolvimento tem de estar alinhado com todos os efeitos que podem acontecer [no clima]”, recorda ao PÚBLICO. “Isso mudou muito a minha cabeça.” Já com esse novo olhar conta que teve de estudar “noites e noites a questão climática” e reparou que havia falhas nos modelos de mercado que tinha estudado na universidade: nessas contas não se costumava considerar o risco ambiental nem se atribuía um custo aos impactos dos gases com efeito estufa na atmosfera. “Foi através da mudança climática que vi que essas contas estavam erradas.”