Um em cada cinco trabalhadores ganha o salário mínimo

O sector profissional do alojamento e restauração é aquele em que mais trabalhadores ganham os actuais 600 euros brutos do salário mínimo: 32,5%. Como se vive com um salário que, descontadas as contribuições para a Segurança Social, desce para os 504 líquidos? “Não se vive, emigra-se”.

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Não há férias nem idas ao cinema. As refeições fora de casa e os brinquedos para o filho foram-se deixando só mesmo para “quando o rei faz anos e o rei passa muito tempo sem fazer anos”. Os sumos e as bolachas também começaram a rarear na despensa do T2 que Catarina Sousa, 32 anos e embaladora numa fábrica de edredons em Guimarães, partilha com o marido e o filho de quatro anos. “Para a renda de casa são 350 euros, mais 40 e poucos para a luz e gás, a água são 25 euros, e a creche 70”, enumera a empregada fabril quando o PÚBLICO lhe pergunta como se vive com os actuais 504 euros do salário mínimo nacional (são 600 euros brutos, aos quais os trabalhadores descontam a contribuição de 11% para a Segurança Social).

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Não há férias nem idas ao cinema. As refeições fora de casa e os brinquedos para o filho foram-se deixando só mesmo para “quando o rei faz anos e o rei passa muito tempo sem fazer anos”. Os sumos e as bolachas também começaram a rarear na despensa do T2 que Catarina Sousa, 32 anos e embaladora numa fábrica de edredons em Guimarães, partilha com o marido e o filho de quatro anos. “Para a renda de casa são 350 euros, mais 40 e poucos para a luz e gás, a água são 25 euros, e a creche 70”, enumera a empregada fabril quando o PÚBLICO lhe pergunta como se vive com os actuais 504 euros do salário mínimo nacional (são 600 euros brutos, aos quais os trabalhadores descontam a contribuição de 11% para a Segurança Social).