Daniel Innerarity: “Os conceitos com os quais discutimos estão totalmente ultrapassados”

Estamos a fazer os debates do passado com conceitos do passado. É este, diz o filósofo basco Daniel Innerarity, o maior problema dos nossos dias. Acredita na resistência das democracias.

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Daniel Innerarity acana de publicar "Política para Perplexos" Pedro Fazeres

A sua última obra acaba de ser editada em português pela Porto Editora, depois de ter sido publicada no ano passado em Espanha. Chama-se Política para Perplexos e vem na sequência da Política em Tempos de Indignação que tinha escrito pouco tempo antes. Professor de Filosofia na Universidade de Saragoça, Innerarity tem uma vasta obra, boa parte da qual publicada em Portugal, com a virtude de somar a uma linguagem simples uma grande actualidade. Política para Perplexos analisa o tempo em que vivemos no qual a incerteza e com ela a imprevisibilidade são o traço fundamental, tornando a resolução dos problemas das nossas sociedades muito mais difíceis de resolver. A sua próxima obra, que sairá em breve, trata justamente da crescente complexidade das sociedades democráticas e dos crescentes desafios que coloca a governantes e a governados. A partir da ideia de que os sistemas democráticos são mais resistentes do que parecem.

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A sua última obra acaba de ser editada em português pela Porto Editora, depois de ter sido publicada no ano passado em Espanha. Chama-se Política para Perplexos e vem na sequência da Política em Tempos de Indignação que tinha escrito pouco tempo antes. Professor de Filosofia na Universidade de Saragoça, Innerarity tem uma vasta obra, boa parte da qual publicada em Portugal, com a virtude de somar a uma linguagem simples uma grande actualidade. Política para Perplexos analisa o tempo em que vivemos no qual a incerteza e com ela a imprevisibilidade são o traço fundamental, tornando a resolução dos problemas das nossas sociedades muito mais difíceis de resolver. A sua próxima obra, que sairá em breve, trata justamente da crescente complexidade das sociedades democráticas e dos crescentes desafios que coloca a governantes e a governados. A partir da ideia de que os sistemas democráticos são mais resistentes do que parecem.