Uma comédia de Noël Coward com vista para o fim do amor vai andar pelo país

Jorge Silva Melo estreia esta quinta-feira, em Vila Real, a sua investida em Vidas Íntimas, de Noël Coward, uma peça em que a felicidade está condenada. Em digressão até Março. “Para mim, o teatro podia ser isto, uma conversa ‘até que a morte nos separe’”, diz o encenador.

Fotogaleria

Noël Coward parece andar esquecido no continente Europeu. Mas não no Reino Unido, nota Jorge Silva Melo, onde as suas peças continuam a encher teatros do West End londrino. Trata-se de “uma espécie de Europexit”, graceja o encenador, agora que se prepara para iniciar uma longa digressão nacional — coisa rara no presente teatro português — na apresentação de Vidas Íntimas, texto parido pelo autor inglês em 1929, durante um escasso período de quatro dias. “Abaixo da Mancha acha-se que estas personagens de humor gelado são apenas para serem feitas pela BBC... E ficamos intimidados pelos smokings e vestidos de noite”, acredita Silva Melo. “Mas a redescoberta deste teatro destronado pelos angry young men dos finais dos [anos] 50 está a causar grande surpresa.”

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Noël Coward parece andar esquecido no continente Europeu. Mas não no Reino Unido, nota Jorge Silva Melo, onde as suas peças continuam a encher teatros do West End londrino. Trata-se de “uma espécie de Europexit”, graceja o encenador, agora que se prepara para iniciar uma longa digressão nacional — coisa rara no presente teatro português — na apresentação de Vidas Íntimas, texto parido pelo autor inglês em 1929, durante um escasso período de quatro dias. “Abaixo da Mancha acha-se que estas personagens de humor gelado são apenas para serem feitas pela BBC... E ficamos intimidados pelos smokings e vestidos de noite”, acredita Silva Melo. “Mas a redescoberta deste teatro destronado pelos angry young men dos finais dos [anos] 50 está a causar grande surpresa.”