Greta rejeita prémio: o que o “movimento climático” precisa é de “acção”

A activista sueca disse que o “movimento climático” precisa de acção política e “não de mais prémios”. O valor monetário da distinção do Conselho Nórdico é de 47 mil euros.

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Greta Thunberg numa marcha pelo clima em Vancouver, no Canadá Reuters/JENNIFER GAUTHIER

Greta Thunberg rejeitou o prémio ambiental do Conselho Nórdico em protesto pela falta de acção contra a crise climática. A activista sueca, impulsionadora do movimento Fridays For Future, foi distinguida por dar “nova vida” ao debate sobre o clima e inspirar milhões de pessoas a exigir acções concretas dos governos.

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Greta Thunberg rejeitou o prémio ambiental do Conselho Nórdico em protesto pela falta de acção contra a crise climática. A activista sueca, impulsionadora do movimento Fridays For Future, foi distinguida por dar “nova vida” ao debate sobre o clima e inspirar milhões de pessoas a exigir acções concretas dos governos.

“Agradeço ao Conselho Nórdico por esta distinção. É uma grande honra gigante. Mas o movimento climático não precisa de mais prémios. O que precisamos é que os líderes e os políticos comecem a ouvir a melhor ciência disponível”, afirmou, através de uma mensagem lida na gala anual deste órgão em Estocolmo. Thunberg não esteve presente na entrega do prémio porque está a viajar pela América do Norte, explicou, numa publicação no Instagram.

A jovem sueca de 16 anos foi representada por Isabelle e Sophia Axelsson, da secção sueca do movimento Fridays For Future, encarregues de rejeitar o prémio de 350 mil coroas dinamarquesas (quase 47 mil euros) em seu nome. “Pertencemos aos países que mais podem fazer, mas dificilmente fazem qualquer coisa. Então, até que comecem a agir de acordo com o que a ciência exige, eu e a Fridays for Future Sweden optamos por não aceitar o prémio ambiental do Conselho Nórdico”, escreveu.

O Conselho Nórdico é composto pela Islândia, Dinamarca, Suécia, Noruega e Finlândia, além dos territórios autónomos dinamarqueses da Groenlândia e das Ilhas Faroe e Åland (Finlândia).

Em Agosto de 2018, Greta Thunberg iniciou uma greve escolar em frente ao parlamento sueco para exigir medidas contra as alterações climáticas. A acção inspirou um movimento global que já mobilizou milhões de jovens por todo o mundo.

A adolescente sueca começou um período sabático no Verão para viajar pelos Estados Unidos e poder participar na cimeira climática realizada em Setembro na sede da ONU em Nova Iorque, bem como na Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas que decorre no Chile em Dezembro.

Por se recusar em viajar de avião, para evitar as emissões de gases com efeito de estufa, Greta atravessou o Atlântico num veleiro e está a usar autocarros e comboios para viajar pela América do Norte. 

Recentemente, Thunberg foi homenageada com o chamado Nobel Alternativo pela fundação Swedish Right Livelihood Award e foi nomeada para o Prémio Nobel da Paz de 2019, que foi entregue ao primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, pela sua iniciativa de resolver o conflito na fronteira entre o seu país e Eritreia.