Precisamos de uma “Internacional Feminista”, diz Justa Montero

Histórica activista espanhola, Justa Montero acredita que o movimento feminista se renovou pela capacidade de “articular todas as lutas”: “É impossível entender a situação das mulheres sem analisar como o capitalismo, num contexto neoliberal, está a conduzir as políticas económicas e sociais.”

Foto
“Mais do que solidariedade, gosto de falar num novo internacionalismo feminista”, diz Justa Montero Rui Gaudêncio/PÚBLICO

Para Justa Montero, histórica militante feminista, a relevância e força do movimento global de mulheres na actualidade está ancorada na sua capacidade de olhar para o sistema económico salientando os seus vieses patriarcal e colonial. As feministas foram capazes, descreve, de fazer uma “análise crítica” sobre as causas e o carácter da crise global que se iniciou em 2008, caracterizando-a como uma crise “sistémica e global”, não apenas financeira, mas que afectava muitas esferas da vida. E isso fez toda a diferença para mulheres e homens em vários países do mundo.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Para Justa Montero, histórica militante feminista, a relevância e força do movimento global de mulheres na actualidade está ancorada na sua capacidade de olhar para o sistema económico salientando os seus vieses patriarcal e colonial. As feministas foram capazes, descreve, de fazer uma “análise crítica” sobre as causas e o carácter da crise global que se iniciou em 2008, caracterizando-a como uma crise “sistémica e global”, não apenas financeira, mas que afectava muitas esferas da vida. E isso fez toda a diferença para mulheres e homens em vários países do mundo.