Novos edifícios serão obrigados a ter carregamento de veículos eléctricos

Medida prevista no programa de Governo mantém aposta na mobilidade eléctrica, favorecendo no plano fiscal os veículos eléctricos.

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Paulo Cunha/Arquivo

O programa do novo Governo empossado neste sábado propõe que se facilite a instalação de pontos de carregamento domésticos para veículos eléctricos, mas também aponta para que no futuro passe a ser obrigatório que “todos os edifícios novos” disponham "nas respectivas garagens” de pontos de carregamento para esse mesmo tipo de carros.

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O programa do novo Governo empossado neste sábado propõe que se facilite a instalação de pontos de carregamento domésticos para veículos eléctricos, mas também aponta para que no futuro passe a ser obrigatório que “todos os edifícios novos” disponham "nas respectivas garagens” de pontos de carregamento para esse mesmo tipo de carros.

Estas são duas das medidas que estavam no programa eleitoral do PS e que se mantêm no programa de governo que será apresentado ao Parlamento. Além de querer mexer na forma como se constrói hoje edifícios, introduzindo a obrigação de prever nas garagens a existência da mobilidade eléctrica, o executivo de António Costa propõe-se a “reforçar a rede pública de carregamentos”, expandindo-a “a todo o território nacional”.

Além disso, prevê a importância de “multiplicar o número de postos de carregamento rápido”. Com que prazos e de que forma são duas importantes questões que não estão vertidas neste programa, que apenas inclui medidas genéricas sobre a aposta em “facilitar a transição para a mobilidade eléctrica”.

Segundo o Governo, os transportes são responsáveis por 24% das emissões de gases com efeitos de estufa e por 74% do consumo de petróleo em Portugal. A meta é reduzir as emissões em 40% até 2030. E para tal quer-se “apostar no transporte público” e “generalizar os veículos eléctricos”, seja em “modo partilhado” ou não.

Em Portugal, foram vendidos de Janeiro a Setembro 5422 carros eléctricos, num total de 174.024 novos carros matriculados no país, o que traduz uma quebra de 4,7% em termos de mercado total.