O lítio de Montalegre cheira a escândalo (e grande)

Bem podem mudar as moscas – o país continua exactamente na mesma, por mais Sócrates, Salgados e Bavas que lhe esfreguem na cara. Esta é a maior das tragédias.

Senhoras e senhores, bem-vindos a mais um negócio à portuguesa. O caso da mina de lítio de Montalegre, que tem vindo a ser explorado pelo programa Sexta às 9, não merece apenas a atenção da RTP, mas de toda a comunicação social. Bem podem mudar as moscas – o país continua exactamente na mesma, por mais Sócrates, Salgados e Bavas que lhe esfreguem na cara. Esta é a maior das tragédias: as pessoas passam, os casos investigam-se, a comunicação social noticia, mas a qualidade das instituições continua tão miserável como antes, e o domínio dos circuitos do poder do Estado – que se confundem cada vez mais com os do Partido Socialista – continua a ser a forma mais eficaz de efectuar negócios milionários e enriquecer em Portugal. Não há neste país uma grande ideia de negócio que pareça valer mais do que o acesso privilegiado a um ministro ou a um secretário de Estado.

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Senhoras e senhores, bem-vindos a mais um negócio à portuguesa. O caso da mina de lítio de Montalegre, que tem vindo a ser explorado pelo programa Sexta às 9, não merece apenas a atenção da RTP, mas de toda a comunicação social. Bem podem mudar as moscas – o país continua exactamente na mesma, por mais Sócrates, Salgados e Bavas que lhe esfreguem na cara. Esta é a maior das tragédias: as pessoas passam, os casos investigam-se, a comunicação social noticia, mas a qualidade das instituições continua tão miserável como antes, e o domínio dos circuitos do poder do Estado – que se confundem cada vez mais com os do Partido Socialista – continua a ser a forma mais eficaz de efectuar negócios milionários e enriquecer em Portugal. Não há neste país uma grande ideia de negócio que pareça valer mais do que o acesso privilegiado a um ministro ou a um secretário de Estado.