Edifício onde morreu Gisberta reabilitado até 2022

Abandonado há várias décadas, o prédio inacabado na Avenida Fernão Magalhães vai ter espaços comerciais, escritórios, residências e um hotel.

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Representação tridimensional da obra DR

O esqueleto de betão jaz há décadas na Avenida Fernão Magalhães, no Porto, assombrado pela morte da transexual Gisberta, em 2006. Mas está prestes a ganhar uma outra vida, com um investimento de 97 milhões de euros. A Lucios Real Estate vai construir no antigo “Pão de Açúcar" espaços comerciais (um supermercado), serviços (um ginásio), escritórios, residências com serviços e um hotel, anunciaram esta quarta-feira em comunicado. O projecto deverá estar pronto no último trimestre de 2022.

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O esqueleto de betão jaz há décadas na Avenida Fernão Magalhães, no Porto, assombrado pela morte da transexual Gisberta, em 2006. Mas está prestes a ganhar uma outra vida, com um investimento de 97 milhões de euros. A Lucios Real Estate vai construir no antigo “Pão de Açúcar" espaços comerciais (um supermercado), serviços (um ginásio), escritórios, residências com serviços e um hotel, anunciaram esta quarta-feira em comunicado. O projecto deverá estar pronto no último trimestre de 2022.

O novo edifício foi baptizado de “Pacífico”, devido à história do navegador Fernão Magalhães, e vai ocupar 49 mil metros quadrados, distribuídos em quatro volumes - um deles, segundo as representações tridimensionais da obra, com 19 pisos – e com parque de estacionamento público. Está também prevista a criação de uma praça pedonal e alargamento da Rua dos Abraços para facilitar os acessos e libertar o fluxo de trânsito da Avenida Fernão Magalhães, em obras desde 2018 e para onde está prevista a criação de corredores exclusivos para autocarros.

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Para o novo edifício, não estão, para já, fechados acordos com empresas ou marcas que queiram instalar-se ali. Mas a administração do grupo detentor da Lucios prevê novidades para os próximos meses. Este, afirmam, “é, provavelmente, o grande projecto do centro do Porto dos últimos anos” e vem pôr fim a um “grave problema de interesse público, apresentando um desenho pesado e desajustado à actual realidade da cidade”. O plano, acrescenta o comunicado, foi pensado para “devolver este espaço à comunidade, promovendo negócios, emprego e novas dinâmicas”.

Os terrenos da desactivada fábrica de fiação, junto ao Campo 24 de Agosto, começaram a ser transformados na década de 70. Na altura, os supermercados Pão de Açúcar compraram aquela parcela com o objectivo de ali instalar uma grande superfície comercial. Mas a obra prolongou-se e acabaria por ser suspensa nos anos 90.