Seca em Angola: “Com 200 milhões de dólares fazemos uma revolução”

Sérgio Guerra está empenhado em florestar a terra árida dos hereros no Namibe e quer fazer um projecto-piloto de agro-floresta em 12 hectares de terra seca no Erora. “Pode ser a referência para o país em termos de auto-sustentabilidade alimentar”, diz.

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Sérgio Guerra sentado no furo que já mandou fazer para regar o campo onde pretende desenvolver o projecto de agro-floresta Fernando Naiberg

A terra está pronta. Uma superfície lisa, de amarelo-forte, seca, pobre, com algumas árvores raquíticas em luta inglória contra o sol inclemente. A meio dos 12 hectares da lavra comunitária dos hereros do Erora, no território semiárido da província angolana do Namibe, um montículo cinzento assinala o sítio onde foi feito o furo que garantirá a água para o projecto.