Peter Handke, a Eslovénia e a questão jugoslava

Em 1992, o ensaísta João Barrento publicou nas páginas do PÚBLICO três textos à laia de folhetim sobre o agora Prémio Nobel da Literatura 2019, Peter Handke, que agora republicamos.

Desde o Verão passado e do início da crise jugoslava que se vem desenrolando um folhetim em que o actor principal é o “novo” Peter Handke. Um Handke que, depois dos últimos retiros em terras de Espanha, dos quais resultaram dois “Ensaios” autocontemplativos (sobre o cansaço e sobre a “jukebox"), resolveu sair da torre de marfim, assentou arraiais na civilização e, à sua maneira, decidiu-se — quem o diria? — a intervir activamente (entenda-se: pela pena, que não pela espada) na vida política... jugoslava. Escreve em jornais, dá entrevistas, subscreve apelos políticos, publica um livrinho sobre a crise na Jugoslávia, tudo isto desde o verão de 1991.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Desde o Verão passado e do início da crise jugoslava que se vem desenrolando um folhetim em que o actor principal é o “novo” Peter Handke. Um Handke que, depois dos últimos retiros em terras de Espanha, dos quais resultaram dois “Ensaios” autocontemplativos (sobre o cansaço e sobre a “jukebox"), resolveu sair da torre de marfim, assentou arraiais na civilização e, à sua maneira, decidiu-se — quem o diria? — a intervir activamente (entenda-se: pela pena, que não pela espada) na vida política... jugoslava. Escreve em jornais, dá entrevistas, subscreve apelos políticos, publica um livrinho sobre a crise na Jugoslávia, tudo isto desde o verão de 1991.