Sánchez rejeita proposta de coligação à experiência do Podemos

Formação de Pablo Iglesias queria testar uma coligação com os socialistas até à aprovação do Orçamento de Estado. Se não resultasse, saiam e garantiam apoio ao PSOE.

Foto
O PSOE, de Pedro Sánchez, conseguiu uma maioria relativa nas eleições de Abril, mas insuficiente para governar sozinho EMILIO NARANJO/EPA

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, rejeitou a proposta do Unidas Podemos para uma coligação à experiência para governar Espanha, de acordo com fontes citadas pelo El País. Na segunda-feira, o rei Felipe VI vai convocar os partidos para uma nova ronda de conversações.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, rejeitou a proposta do Unidas Podemos para uma coligação à experiência para governar Espanha, de acordo com fontes citadas pelo El País. Na segunda-feira, o rei Felipe VI vai convocar os partidos para uma nova ronda de conversações.

Aguardava-se com alguma expectativa a iniciativa de Pablo Iglesias, que, segundo a imprensa espanhola, tinha uma proposta de última hora para evitar a marcação de novas eleições legislativas. Iglesias ofereceu a Sánchez um acordo de coligação com um horizonte temporal, para depois se avaliar a experiência. 

“Se depois da aprovação do Orçamento, Pedro Sánchez considerar que a coligação não funcionou, o Unidas Podemos compromete-se a abandonar o Governo mantendo o apoio parlamentar”, disse ao El País uma fonte do partido de esquerda.

A proposta foi rejeitada pelos socialistas, que têm recusado uma coligação entre os dois partidos. “Não estão reunidas as bases mínimas de confiança nem a promessa de um Governo coeso, coerente e com uma direcção única”, cita o mesmo jornal.

O prazo constitucionalmente fixado para que seja alcançada uma solução de Governo termina a 23 de Setembro, e se até lá o impasse se mantiver, serão marcadas novas eleições para Novembro.

O rei Felipe VI vai começar na próxima semana a receber os partidos políticos para decidir se há condições para que as negociações para a formação de um Executivo prossigam, ou se é desejável marcar eleições de imediato.

Em Abril, o PSOE foi o partido mais votado nas eleições gerais, mas estava obrigado a encontrar apoio no Parlamento para que conseguisse governar.