Patrick Swayze volta a derreter corações em documentário biográfico

I Am Patrick Swayze é uma sensível homenagem e estreou no dia em que o actor faria 67 anos.

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Corria o ano de 1987 e milhões de adolescentes pelo mundo inteiro passaram a suspirar pelo actor que se desdobrava no papel de dançarino, com trejeitos de herói à espera de ser salvo. Dirty Dancing/Dança Comigo veio coroar o trabalho que Patrick Swayze já desenvolvera na série televisiva Norte e Sul, entre 1985 e 1986. 

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Corria o ano de 1987 e milhões de adolescentes pelo mundo inteiro passaram a suspirar pelo actor que se desdobrava no papel de dançarino, com trejeitos de herói à espera de ser salvo. Dirty Dancing/Dança Comigo veio coroar o trabalho que Patrick Swayze já desenvolvera na série televisiva Norte e Sul, entre 1985 e 1986. 

Agora, no dia em que o actor, falecido em 2009, faria 67 anos, um documentário sobre a sua vida voltou a derreter corações. I Am Patrick Swayze, que estreou nos Estados Unidos no domingo, no canal Paramount, já é o filme mais visto da série I Am… (só na estreia teve uma audiência de cerca de dois milhões) e o que, até agora, reúne uma melhor pontuação por parte dos espectadores.

A biografia, assinada por Adrian Buitenhuis, que já filmara as vidas de Heath Ledger (1979-2008) e Paul Walker (1973-2013), constitui uma sensível homenagem a um actor descrito como extremamente completo: era herói e vilão, romântico e imperscrutável, com uma compleição física que fazia com que a sua presença se impusesse, mas que simultaneamente dançava ballet com a graça de poucos. Além de montar a cavalo como um verdadeiro cowboy… 

Além de trechos de entrevistas ao próprio, o documentário conta com declarações de Lisa Niemi, a mulher, que conheceu ainda adolescente, no estúdio de dança da mãe, no Texas, e do irmão, o também actor Don Swayze. Entre as estrelas que contracenaram com o actor, ouvem-se os testemunhos de Rob Lowe (Veia de Campeão, 1986); Jennifer Grey (Dirty Dancing, 1987 – “Assim que começámos a dançar foi tipo ‘suspiro’”, confessa); Sam Elliott e Kelly Lynch (Profissão: Duro, 1989); Demi Moore (Ghost - O Espírito do Amor, 1990); ou Keanu Reeves e Lori Petty (Ruptura Explosiva, 1991).

Mostrando a forma única como trabalhava e se entregava de corpo e alma a um papel (“O Patrick actuava como se tivesse algo a provar”, diz Lowe), I Am Patrick Swayze não se fica por aí e revela também quem era Patrick quando as luzes se apagavam: os momentos mais depressivos e o seu carácter introspectivo, sem esquecer o refúgio no álcool, que o levou a abandonar os ecrãs em meados da década de 1990, ou a relação conturbada que mantinha com a mãe, cujo comportamento abusivo é revelado neste filme.

Patrick Swayze morreu a 14 de Setembro de 2009, aos 57 anos, na sequência de um cancro no pâncreas. Lisa Niemi voltou a casar, há cinco anos, mas nem por isso afirma ter esquecido o actor. “Nós tínhamos tantas coisas com que lidar, mas eu continuava a amá-lo”, desabafa, quase entre lágrimas, para as câmaras.