António Costa: razão e musculação

A gestão política que o Governo está a fazer desta greve pode ter resultados menos previsíveis do que se pensa.

Tempos houve em que o PS espalhava cartazes pelo país com o famoso slogan “razão e coração”. Foi assim que António Guterres foi eleito, após dez anos de cavaquismo. O novo António não vai nisso. Costa é todo ele “razão e musculação”. Nem por um segundo duvida da necessidade de ter mão firme enquanto primeiro-ministro e conhece bem o velho fascínio português pelo exercício da autoridade. Neste particular, António Costa tem a mesma escola de José Sócrates — ambos aprenderam, a partir da primeira fila, que não chega ter uma grande cabeça (como Guterres tinha) para ser um grande líder (que Guterres nunca foi), e as fraquezas e indecisões do actual secretário-geral da ONU foram uma eficientíssima vacina para a geração de socialistas que se lhe seguiu.

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Tempos houve em que o PS espalhava cartazes pelo país com o famoso slogan “razão e coração”. Foi assim que António Guterres foi eleito, após dez anos de cavaquismo. O novo António não vai nisso. Costa é todo ele “razão e musculação”. Nem por um segundo duvida da necessidade de ter mão firme enquanto primeiro-ministro e conhece bem o velho fascínio português pelo exercício da autoridade. Neste particular, António Costa tem a mesma escola de José Sócrates — ambos aprenderam, a partir da primeira fila, que não chega ter uma grande cabeça (como Guterres tinha) para ser um grande líder (que Guterres nunca foi), e as fraquezas e indecisões do actual secretário-geral da ONU foram uma eficientíssima vacina para a geração de socialistas que se lhe seguiu.