Jeffrey Epstein, acusado de tráfico sexual de menores, encontrado morto na prisão

O corpo foi encontrado pelas autoridades durante a manhã de sábado. Epstein, um multimilionário muito influente no meio político e mediático norte-americano, estava detido desde Julho, acusado de liderar uma rede de tráfico de raparigas menores para fins sexuais.

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O magnata norte-americano Jeffrey Epstein, acusado de liderar uma rede de tráfico de raparigas menores, foi encontrado morto na sua cela numa prisão de segurança máxima em Manhattan, Nova Iorque. O corpo foi encontrado às 7h30 da manhã de sábado, hora local, e transportado para o hospital presbiteriano na zona baixa de Manhattan, onde foi declarado o óbito. Segundo declarações das autoridades locais à estação de televisão norte-americana NBC News, o multimilionário apresentava sinais de “suicídio por enforcamento”.

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O magnata norte-americano Jeffrey Epstein, acusado de liderar uma rede de tráfico de raparigas menores, foi encontrado morto na sua cela numa prisão de segurança máxima em Manhattan, Nova Iorque. O corpo foi encontrado às 7h30 da manhã de sábado, hora local, e transportado para o hospital presbiteriano na zona baixa de Manhattan, onde foi declarado o óbito. Segundo declarações das autoridades locais à estação de televisão norte-americana NBC News, o multimilionário apresentava sinais de “suicídio por enforcamento”.

A notícia da morte chega duas semanas depois de Epstein, de 66 anos, ter sido encontrado praticamente inconsciente na sua cela, com várias lesões no pescoço. Desde então que estava sob vigilância reforçada por risco de suicídio. Horas antes da morte, tinham sido revelados centenas de documentos legais com detalhes sobre as acusações de tráfico sexual de menores de que Epstein era alvo desde 2005.

Apesar do longo historial de acusações de Epstein, o multimilionário apenas estava detido desde Julho, altura em que agentes do FBI realizaram buscas na sua mansão de sete andares em Manhattan, no âmbito de uma nova acusação contra o magnata dos mercados financeiros gerir uma rede de angariação de raparigas menores, muitas entre os 13 e os 16 anos, para serem abusadas sexualmente por si nas mansões que detinha em Nova Iorque e em Palm Beach, na Florida. Epstein declarava-se inocente, mas nas buscas mais recentes, os investigadores encontraram centenas de fotografias de jovens mulheres, algumas menores de idade, nuas ou seminuas. Várias fotografias estavam guardadas num cofre, em discos com etiquetas escritas manuscritas com detalhes sobre o conteúdo. 

Já em 2008 tinha passado 13 meses na cadeia, em regime semi-aberto, depois de uma acusação semelhante apresentada na Florida. Na altura, as autoridades recolheram testemunhos de várias das vítimas, e outras provas como mensagens de telemóvel ou facturas de viagens de táxi, mas Epstein escapou à condenação de tráfico sexual de menores e à prisão perpétua. Os advogados de defesa de Epstein chegaram a um acordo com os procuradores federais e em troca de o multimilionário se registar como abusador sexual junto das autoridades e de admitir a culpa em dois crimes de solicitação de prostituição, a justiça deixou cair parte da acusação. Alexander Acosta, que integrou a administração Trump até à sua recente demissão, foi acusado de ter ajudar o milionário a escapar a uma pena pesada em 2008, então como procurador do Ministério Público.

Na sexta-feira passada foram revelados documentos adicionais contra Epstein que incluem acusações detalhadas de como o norte-americano obrigava mulheres a ter relações sexuais com várias figuras proeminentes como o Príncipe Andrew, duque de York, o antigo governador no Novo México, Bill Richardson, e o antigo senador norte-americano George Mitchell. Há também recibos de livros sobre escravatura sexual (por exemplo, ‘SlaveCrafts: Roadmaps for Erotic Servitude), encontrados no caixote do lixo da mansão de Epstein em Palm Beach.